Mas na verdade, a partir do século XVII, tudo acontece como se o palco italiano fosse tido como uma espécie de realização plena, uma fórmula sem dúvida suscetível de melhorias técnicas, mas perfeita quanto ao princípio e, como que inerente à própria natureza do teatro. Lembrar que o teatro à italiana é, de toda a evidência, um fenômeno histórico equivale implicitamente a constatar que ele é relativo e revogável. Pág. 81
ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
Confraria teatrando no Largo da Ordem, centro histórico de Curitiba.
Diversas questões permeiam a escolha por um espaço de apresentação alternativo: a questão ideológica, quando o grupo decide democratizar a arte levando-a para o povo onde quer que ele esteja; a questão estética, quando se reconhece que o tradicional teatro italiano não se adequa às exigências de um determinado espetáculo; a questão financeira, quando se descobre as dificuldades de reserva e locação dos teatros tradicionais, etc.
Ônibus, praça, quadra esportiva, piscina, apartamento, galpão... qualquer lugar é lugar pra se fazer teatro.
2 comentários:
Passando para registrar nossa visita ao blog de vocês, que por sinal é ótimo...
Ah, Em março vai ter estréia de um projeto nosso (aquele dos jogos de improviso) estão mais do que convidados a participar.
GRande abraço!
Augusto
Lembrando que teatrar em espaço alternativo não significa necessariamente que estamos abandonando de vez o palco. Na verdade as vezes penso que um dos ganhadores do movimento do espaço alternativo é o próprio palco! pois dá em nós uma vontade de ver um "teatrão" BEM FEITO, e sacraliza ainda mais o espaço que para nós e sagrado.
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