sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cabeça Ativa - Manifesto contra Hierarquização: A redefinição dos novos criadores




Olá meus amigos teatrantes...

Esse mês o Jan Moura estará participando do projeto Cabeça-Ativa. Proposta muito bacana do SESC de levar as nossas terças a noite um pouco de discussão, conversa e troca de informações. Quem não conhece ainda, vale muito a pena. Passaram por lá a Yandra, falando de dramaturgia, Maira, falando de aspectos medievais na obra de Suasssuna, a cia Arte Negus, Elaine e Augusto, falando da figura cômica do palhaço.

A proposta agora é levar um pouco da discussão atual sobre os processos de criação pautados na coletividade: sejam eles colaborativos, coletivos, ou outras formas de criar horizontalmente. Como foram algumas experiências, em especial a experiência da Cia Vertigem, através da pesquisa do Antônio Araújo.

Abaixo mais informações,

então esperamos todos vocês, nas próximas terças-feiras de agosto, às 19h no Banco de Textos do SESC Arsenal, a entrada é franca.


MANIFESTO CONTRA HIERARQUIZAÇÃO: A REDEFINIÇÃO DOS NOVOS CRIADORES
Propostas para provação:

O que teria sobrado das funções de direção, atuação, iluminação, sonorização etc, antes específicas e especializadas e agora diluídas ou revistas nos processos de criação coletivos ou colaborativos? A proposta para este encontro é traçar um apanhado histórico das escolhas estéticas de algumas companhias e coletivos de teatro. A partir das teorias de Bernard Dort, sobre a representação emancipada, articulando com as concepções de Mikhail Bakhtin sobre polifonia, conceitos e experiências sobre processo colaborativo sistematizado por Antônio Araújo e conceitos de Deleuze e Guattari, buscaremos mostrar como essa mudança nas formas de criação forçaram uma revisão dessas funções, fazendo uma leitura sobre essa nova configuração estética e sobre o novo perfil exigido desses agentes numa construção compartilhada e polifônica.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ensaio Aberto: Rusga






A Confraria dos Atores apresenta seu novo processo de criação. Rusga é um experimento cênico baseado no episódio histórico de mesmo nome, que teve como palco a Cuiabá de 30 de maio de 1834. Ao cair da noite, parte da elite cuiabana, desejosa de poder, promoveu uma matança contra seus inimigos, a elite de ascendência portuguesa, chamada pejorativamente de “bicudos”. Rusga significa briga, ruptura, mas para Cuiabá esta palavra também é sinônimo de uma herança política marcada por manipulações e abusos de autoridade. Uma disputa de poder e riquezas, manifestação extrema de xenofobia sob o pretexto de ideais patrióticos.

Neste trabalho, a companhia procura apresentar imagens e sensações desse dia tenebroso sob a ótica de diversos personagens envolvidos direta ou indiretamente com o evento criando

uma trama rizomática. Os personagens, de forma embaralhada e entrelaçada, mostram-se alterados de forma irreversível pelos acontecimentos que permeiam a Rusga. Utilizando o processo de criação coletiva, esta pesquisa surgiu da inquietação da Confraria dos Atores por uma dramaturgia própria que dialogasse com a história de nossa cidade.