sábado, 29 de dezembro de 2007

OUTROS QUINTANAS - VÍDEO

Do meio do público, Outros Quintanas se apropriam da obra do poeta para criar um momento de degustação das palavras. De dentro do quarto de Mario Quintana saem o cheiro do café, lápis e o papel. Outros Quintanas é um espetáculo de rua que mistura teatro e dança, onde o público é convidado a se envolver na poesia e na música.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

TEATREIROS CONECTADOS



Desde o segundo semestre de 2007, atores, diretores e produtores de Teatro de Cuiabá e Várzea Grande vêm realizando reuniões periódicas para debater a situação do mercado teatral. Assim, surgiu o Movimento de Teatro que articula esses profissionais em torno do fomento e difusão das artes cênicas. As reuniões do Movimento propiciaram, em primeira instância, o intercâmbio de idéias e conceitos acerca das políticas culturais e a necessidade latente de organização por parte do segmento teatral fez com que os profissionais se unissem para pensar e elaborar ações que viessem ao encontro de suas reais necessidades.
Assim surgiu o primeiro projeto encabeçado pelo Movimento, a Mostra Curto Circuito de Teatro, que objetiva, entre outras coisas, a formação, inclusão e potencialização de um novo público consumidor de bens culturais, justamente aquele público que ainda se encontra à margem dos processos culturais mais elaborados. Assim o projeto tem como diferencial ser uma mostra teatral para pessoas de baixa renda. Pretende proporcionar uma aproximação e maior estreitamento de laços entre artistas e comunidades, acarretando conseqüentemente, o desenvolvimento de potencialidades sociais e artísticas e fomentando a discussão sobre o fazer teatral e a realidade sócio-econômica e cultural nessas comunidades.
Espera-se ainda que a união do setor proporcione o planejamento e execução de ações conjuntas que resultem no desenvolvimento e expansão de um mercado profissional de teatro. Dessa forma, através da mostra, ao incentivar a produção local, o projeto divulga o trabalho das companhias e fazedores de teatro da região. A idéia é que Cuiabá e Várzea Grande vejam o teatro produzido aqui e, a partir disso, o Movimento de Teatro tenha condições de sistematizar uma agenda anual de espetáculos criando oportunidades de trabalho e geração de renda para as companhias e demais profissionais.
Nesses quatro meses de reuniões sistemáticas, o Movimento de Teatro conseguiu reunir número expressivo de companhias teatrais, amadoras e profissionais, que atuam nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande. Através do Curto-Circuito de Teatro espera-se ainda, um maior intercâmbio entre as companhias de teatro, produtores e demais profissionais, para a troca de conhecimentos e experiências, proporcionando assim, um maior valor agregado ao projeto e vantagens tanto para a classe artística como para a comunidade.


Conheça a Página da Rede de Contatos do Movimento de Teatro:

http://www.movimentodeteatro.ning.com/

Se você faz teatro, pensa teatro, se interessa por teatro cadastre-se:

CADASTRE-SE

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

OUTROS QUINTANAS EM CURITIBA



O espetáculo Outros Quintanas foi selecionado para compor, o Festival de Teatro de Curitiba grande vitrine do teatro nacional, estará integrando a Mostra Fringe, que traz um grande número de espetáculos profissionais de companhias de vários estados. Nas ultimas edições o Fringe atraiu a atenção de grupos estrangeiros e também de artistas consagrados no Brasil. O Festival acontecerá de 20 a 30 de março.

É a segunda vez que a Confraria dos Atores participa desse festival, da última vez levou seu espetáculo de estréia, Re-trato Boca de Ouro. Um festival é sempre uma grande experiência, pois além de mostrar o seu trabalho você entra em contato com muitas produções, de todos os tipos e estilos e esse intercâmbio é muito importante para qualquer artista.

Mas ficamos mais felizes ainda ao receber a notícia que nosso projeto de intercâmbio e difusão (aquele que o MINC oferece transporte a companhias, pesquisadores etc) foi selecionado. Ou seja, será a primeira vez que vamos participar de um festival com conforto e sem correria para conseguir as passagens.

O próximo ano, esperamos que seja o ano das artes, de qualquer segmento. Que finalmente possamos dizer que temos política cultural, que finalmente possamos trabalhar sem ter que lutar para ter acesso ao que é nosso por direito.

Evoé.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Politica Cultural? As perípécias do Teatro Fúria na sua caminhada.


Foto: Bruna Menesello

É com muita tristeza que nós ficamos sabendo dessa notícia. Depois nos perguntamos porque que pessoas de outros estados acham que aqui só tem jacaré e sucuri nas ruas. Que arte é só aquela feita nos eixos, que somos um bando de povo sem civilização.

Vejam o que aconteceu:
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Por Giovanni Araújo, Teatro Fúria

Diamantino e Sinop - VERGONHA!!!

AS CIDADES DE DIAMANTINO E SINOP NÃO ACEITARAM RECEBER EM PRAÇA PÚBLICA O PROJETO FÚRIA EM MOVIMENTO 2 TEMPORADA, ALEGANDO QUE JÁ TINHAM PROGRAMAÇÃO DEMAIS NAS RESPECTIVAS PRAÇAS. ESTARÍAMOS LEVANDO ENCAIXOTANDO SHAKESPEARE QUE JÁ FOI RECEBIDA EM MAIS DE 17 ESTADOS BRASILEIROS. O PROJETO FÚRIA EM MOVIMENTO É FEDERAL PATROCINADO PELA PANTANAL ENERGIA E NÃO TRAZ ÔNUS NENHUM PARA A CIDADE QUE O RECEBE, A ÚNICA CIDADE DAS TRÊS EM MATO GROSSO QUE ACEITOU O PROJETO NA SEGUNDA TEMPORADA FOI SORRISO.
UMA VERGONHA PARA A ADMINISTRAÇÃO DO PSDB EM SINOP QUE TEM A SUA FRENTE NILSON LEITÃO, QUE COM CERTEZA ESCOLHEU ERRADO SEU SECRETÁRIO DE CULTURA E EVENTOS, QUE DEVIA CONTINUAR SOMENTE VENDENDO BEBIDAS NA SUA CIDADE, (EMPRESÁRIO NO RAMO DE BEBIDAS E EVENTOS) DÁ PRA NOTAR QUE SUA ADMINISTRAÇÃO É REDONDA (COMO A LOGO DA SKOL), SEMPRE DANDO VOLTAS E DEIXANDO TODO MUNDO ATORDOADO.
ISSO ESTÁ NO SITE DA PREFEITURA DE SINOP, ABONANDO A COMPETÊNCIA DO NOBRE CIDADÃO:
Assumiu a Diretoria de Cultura e Eventos da Prefeitura de Sinop em 2003 com o objetivo de difundir e incentivar a cultura no Município. Fernando Assunção ainda ocupa vaga como membro do Conselho Municipal de Cultura, Conselho Municipal do Trabalho e do Conselho de Acompanhamento Prisional.
MORAL DA ESTÓRIA: FICAM CONTRATANDO ESSE BANDO DE DESPREPARADOS PARA ASSUMIR SECRETÁRIAS (PRINCIPALMENTE AS DE CULTURA SÃO VÍTIMAS DE DESCASO), É DÁ NISSO: A CIDADE ACABA LOTANDO A PRAÇA COM MUITA "ALEGRIA" E LATINHA DE CERVEJA.

Fórum de Mídias Independentes é lançado!



Por Espaço Cubo

Na última sexta e sábado foram finalizada o primeiro 'Seminário de Gestão de Mídias Independentes' produzida pela Cubo Comunicação, que contou com a participação de vários coletivos culturais de Hell City. Ao final da oficina foi realizada a primeira reunião do Fórum Permanente de Mídias Independentes que debateu, entre outras coisas, a elaboração de um programa contínuo e integrado de comunicação no ano de 2008, tentando envolver assim todos os grupos que desenvolvem trabalhos no setor. A iniciativa é inédita e espera abarcar dezenas de jornalistas e produtores de conteúdo já para a próxima reunião marcada para o dia 6 de janeiro no Espaço Cubo, quando cada um dos coletivos apresentarão seu planejamento estratégico para o ano que vem.

Interessados em participar mandem e-mails para cubocomunicacao@gmail.com

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

CULTURA: ESTRANHO?



Do Fórum Permanente de Cultura

Publicado no jornal Folha do Estado no dia 21 de dezembro de 2008

Gostaríamos de esclarecer uma nota veiculada no Circuito Fechado (Jornal Folha do Estado), no último dia 20, quando a um momento diz que cansou “estranhamento” a ausência do nome de um possível candidato para ocupar a pasta estadual da cultura, na lista tríplice votada em reunião ordinária do Fórum Permanente.

Primeiro é necessário mencionar que o Fórum Permanente Mato-grossense de Cultura nasceu há mais de 15 anos com a missão de ser o espaço democrático de discussão, deliberação e ação da comunidade artística do Estado.

O Fórum abriga artistas, produtores culturais e pesquisadores de todos os segmentos artísticos. E tem sido o principal instrumento da comunidade cultural na busca de uma política cultural justa, transparente e democrática para o Estado de Mato Grosso.

São conquistas fundamentais alcançadas via Fórum: a regulamentação da Lei Estadual de Incentivo à Cultura; a regulamentação da Lei que criou o Conselho Estadual de Cultura; as eleições diretas para Conselheiros Estaduais de Cultura e as Conferências municipal e estadual de Cultura.

Tradicionalmente o Fórum Permanente cumprindo seu papel de opinião pública, por ocasião da sucessão dos secretários da pasta de Cultura, se reúne, discute e torna pública sua sugestão com nomes de pessoas que têm o respeito da comunidade e a competência para ocupar esta importante pasta, como uma contribuição ao governo, vide o caso do atual Secretário Estadual de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira e o Secretário da Cultura de Cuiabá, Mário Olímpio, ambos nomes indicados por listas tríplices do Fórum.

Os critérios utilizados foram: 1 – Participação nas reuniões do Fórum Permanente Mato-grossense de Cultura visando diálogo com a classe e o acompanhamento das demandas da sociedade.

2 – Participação nas conferências municipal, estadual, setorial e nacional de cultura.

Pois o Fórum entende que um agente cultural que se omita desses processos de construção de políticas públicas para a cultura, está despreocupado com as demandas da sociedade civil, portanto despreparado para encarar as responsabilidades que o cargo máximo da cultura estadual exige.

Após avaliação seguindo estes critérios foram listados de forma unânime os três nomes com maior legitimidade entre a classe para assumir a pasta, são eles:

Kelson Panosso que atua há 27 anos como professor, coreógrafo, gestor e produtor cultural, membro da Rede Cultural Mercosul, Conselheiro Estadual de Cultura (2005/06), delegado nas Conferências e membro atuante do Fórum Permanente.

José Paulo Traven é gestor e produtor cultural, produtor executivo de várias produções audiovisual, diretor fundador da Associação dos Profissionais de Cinema e Outras Tecnologias Audiovisuais – AMAV/ABD-MT, membro fundador da Associação dos Produtores Culturais de Mato Grosso, também diretor da Associação Brasileira de Documentaristas, Conselheiro Municipal de Cultura de Cuiabá (2003/05), Conselheiro Estadual de Cultura de Mato Grosso (2005/06), atual diretor do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá – MISC e membro atuante do Fórum Permanente.

Toco Palma é advogado, gestor cultural, atual secretário-adjunto de Estado de Cultura e coordenador da 1ª Conferência Estadual de Cultura.

A participação dos nomes apresentados no desenvolvimento do atual processo cultural do Estado, justifica suas indicações. Sendo natural o Fórum, enquanto instância coletiva, apoiar pessoas e idéias, que primam por uma gestão participativa onde a pluralidade e a diversidade são ouvidas.

Esperamos que quaisquer dúvidas ou “estranheza” estejam esclarecidas, lembrando que o Fórum de forma democrática está sempre aberto e disposto ao diálogo.

O Fórum Permanente Mato-Grossense de Cultura.

Seminário de 'Gestão de Mídia Independente' começa hoje



Por
Espaço Cubo


Começa hoje, a partir das 18h, o “Seminário de Gestão de Mídias Independentes” que acontecerá nesta sexta (21) e sábado (22), na sede do Espaço Cubo, em Cuiabá.

A proposta tem como meta estimular a realização do planejamento estratégico dos centros de mídia para o ano de 2008, bem como estabelecer uma agenda uma de atividades ligadas ao setor em Cuiabá para o ano que vem.

A ação culminará na realização do 1° Fórum de Comunicação Independente, que acontecerá no sábado, a partir das 17h, também na sede do Cubo.

Mais informações: (65) 3052-0321!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

ESPETÁCULOS INSCRITOS NO CURTO-CIRCUITO DE TEATRO




O Curto-Circuito de Teatro, que acontecerá de 15 a 20 de abril em diversos pontos da cidade, tem por objetivo principal promover a arte do teatro e seus fazedores, resultando dessa forma na oferta de espetáculos gratuitos à população, principalmente de locais carentes dessas manifestações artístico-culturais. Será realizado na cidade de Cuiabá, nos bairros CPA, Coxipó e Centro e na cidade de Várzea Grande, na região central. O objetivo é a descentralização do acesso, formando uma nova platéia de teatro e atingindo novos espaços não convencionais, ainda pouco utilizados. Serão 18 espetáculos de 18 companhias diferentes da região, que durante 6 dias estarão movimentando a cidade, em torno de uma grande festa do teatro. O público terá acesso facilitado a esse conjunto de ações, de maneira gratuita, mas poderão ao final de cada espetáculo contribuir de maneira livre e espontânea e esse recurso será revertido para a estruturação do próprio movimento.

Espetáculos e Companhias participantes:


  1. A VERDADE DA MENTIRA – Grupo Jaboti
  2. ANARELLA - Sociedade da Cena
  3. AS FIAS DE MAMÃE – Teatro Termômetro
  4. BODAS DE SANGUE – Grupo de Teatro de Brinquedo (Colégio Coração de Jesus)
  5. DESUTILIDADE POÉTICA – Cia Porrada de Teatro
  6. ENCAIXOTANDO SHAKESPEARE – Teatro Fúria
  7. INFÂNCIA POÉTICA – Grupo Tibanaré
  8. MURUCUTUTU – Cia Pessoal de Teatro
  9. OBJETOS – Cia Thereza João
  10. O CAVALO TRANSPARENTE – Pessoal do Anima
  11. O CASO DO VESTIDO – Cia Elo (Colégio Liceu Cuiabano)
  12. O CIRCO – Teatro Uriel
  13. O LOBO BEM MAL – La Trup Maatma
  14. OUTROS QUINTANAS – Confraria dos Atores
  15. QUANDO OS DEMÔNIOS DIZEM AMÉM – Cia Crápula de Teatro
  16. RIR SEM PARAR – Cia Volta Seca
  17. ROMEU E JULIETA – Teatro Mosaico
  18. SENHORA DOS AFOGADOS – Grupo de Teatro Paradegraça

Locais previstos para as apresentações:

- Espaço Cultural Silva Freire (coxipó)

- Praça Cultural Pedra 90

- Praça Cultural CPA 2

- Centro Comunitário CPA

- Museu da Imagem e do Som – MISC

- Praça Alencastro – Centro

- Teatro do Colégio Coração de Jesus

- Praça da Igreja Maria do Carmo – Várzea Grande


ZIKZIRA TEATRO FÍSICO: EU VOS LIBERTO

A peça é o retrato de humanos desenraizados à procura de pistas.Uma busca da condição humana retratada por séculos, diretamente ligada ao tema de tabus onde uma sociedade reprimida solta seus demônios e satisfaz suas paixões.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

VIDA LONGA A CONFRADE TALITA



Hojé é um dia especial. Aniversário da Talita!

Esperamos passar vários aniversários ao seu lado!

É muito bom saber que além de colegas de trabalho, temos na companhia verdadeiros amigos.

Felicidades de seus amigos confrades.

CURTO-CIRCUITO DE TEATRO



15 a 20 de abril de 2008

Através de um pensamento coletivizado, a partir de reuniões periódicas e sistemáticas do Movimento de Teatro, uma associação espontânea dos fazedores e multiplicadores das artes cênicas da região, elaborou-se uma Mostra que busca de maneira prática e barata a oferta do produto artístico a comunidades com pouco acesso a esse tipo de manifestações. Garantindo dessa forma que a arte feita aqui seja vista e consumida gratuitamente. O público será convidado, ao final a fazer uma contribuição ao movimento, num processo que chamamos de pós-pago. Dessa forma conseguimos agregar um valor a mais ao produto, sem excluir a participação de ninguém, pois essa oferta é espontânea, livre e esse recurso será usado para estruturar o próprio movimento.

Composto exclusivamente de produções locais, a Mostra Curto-Circuito de Teatro trará a possibilidade de profissionalização de novos agentes da área, ao agregar às companhias profissionais os estudantes e iniciantes da arte, garantindo a viabilidade econômica de continuar pesquisando e apresentando os resultados dos seus trabalhos. Pois o que se apresenta como realidade hoje é o desestimulo à produção artística, a dificuldade de grupos iniciantes ou de estudantes de apresentar seus trabalhos. Ao se agregar esses grupos a companhias já profissionais e estruturadas, promove-se o intercâmbio e o trabalho coletivo em prol da arte.

O Movimento de Teatro, vendo a necessidade da descentralização da arte e do fomento à produção local, propõe a produção da Mostra Curto-Circuito de Teatro que proporcionará à população um estreitamento com a criação artística, o desenvolvimento das potencialidades individuais e sociais e fomentará a discussão e o pensamento artístico. Os espetáculos formarão, após a 1º edição da Mostra, uma agenda anual permanente de apresentações.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

OUTROS QUINTANAS - NA SEDA (Fotos)













Fotos: Juliane Grisólia

Para ver mais fotos acesse:
http://flickr.com/photos/confrariadosatores/

Reunião da COCCAR durante o SEDA - Semana do Audiovisual



por PRÓXIMA CENA

Na programação vespertina de domingo na Semana do Audiovisual estava prevista também a reunião da Coccar - Cooperativa de Comunicação, Cultura e Arte. A cooperativa visa agregar várias entidades de diferentes segmentos artísticos, de modo que as ações culturais em Mato Grosso sejam feitas de maneira coletiva, no formato cooperativista. Participaram da reunião hoje entidades como Confraria dos Atores, Cia Pessoal, Espaço Cubo e Próxima Cena, Editora Cativa, Movimento Panamby, entre outros.

No debate, além dos encaminhamentos, os membros reunidos discutiram também sobre as funções da cooperativa, como o comprometimento com a pressão política frente ao poder público e formação de quadros. Ficou encaminhado que a partir da reunião de assembléia geral (já marcada para o dia 12 de janeiro de 2007) serão definidos os segmentos artísticos que a priori integrarão a Coccar.

Estruturalmente, a Coccar funcionará através de direções: Diretor Presidente, Diretor Administrativo, Diretor Financeiro, Diretor de Comunicação e Diretor de Economia da Cultura.

A próxima reunião da Coccar acontecerá sábado (22/12) na sede do Espaço Cubo, logo após o Seminário de Gestão de Mídias Independentes (mais informações sobre o seminário www.imprensadezine.blogger.com.br).

sábado, 15 de dezembro de 2007

Semana do Audiovisual tem início hoje!

por Próxima Cena!




Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça. Glauber Rocha bem que tentou, mas a máxima mais memorável deste que foi um gênio do cinema novo nacional só encontrou terreno fértil de produção em sua dimensão plena operacional nestes novos tempos de tecnologia digital. Pelo menos é o que acredita Christian Caselli (KZL), curta-metragista convidado para ministrar as oficinas da segunda Semana do Audiovisual (SEDA), que começa neste sábado, a partir das 08h, no Museu de Imagem e do Som de Cuiabá (Misc).

Confira toda a programação em www.proximacena.blogspot.com

Dia 17/12 - Segunda-feira - OUTROS QUINTANAS no SEDA.

Os limites da diversidade cultural


ANTONIO CICERO

Ilustrada - Folha de São Paulo - Dia 15/12/07

O direito à diversidade cultural tem que ser o direito à experimentação em arte, filosofia e ciência

A DECLARAÇÃO Universal sobre a Diversidade Cultural da UNESCO define a cultura como "o conjunto dos traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afetivos que caracterizam uma sociedade ou um grupo social e que abrange, além das artes e das letras, os modos de vida, as maneiras de conviver, os sistemas de valores, as tradições e as crenças".

Quanto a artes e letras, é claro que tudo o que a humanidade já fez constitui um patrimônio a ser preservado e disponibilizado à fruição da presente e das futuras gerações.
Quanto a modos de vida, maneiras de conviver, sistemas de valores, crenças e tradições, porém, a situação é outra. Alguns são admiráveis e devem ser preservados; outros são abomináveis -etnocêntricos, racistas, sexistas, intolerantes- e devem ser combatidos.

Apropriadamente, o artigo 4 da Declaração Universal sobre Diversidade Cultural, intitulado "Os Direitos Humanos, Garantias da Diversidade Cultural" afirma, com razão, que "a defesa da diversidade cultural [...] implica o compromisso de respeitar os direitos humanos e as liberdades fundamentais, em particular os direitos das pessoas que pertencem a minorias e os dos povos autóctones. Ninguém pode invocar a diversidade cultural para violar os direitos humanos garantidos pelo direito internacional, nem para limitar seu alcance".

Infelizmente, porém, desde antropólogos até obscurantistas religiosos têm, em nossos dias, invocado a ideologia do relativismo cultural para justificar todo tipo de violação dos direitos humanos. Segundo eles, tais direitos pertencem à cultura ocidental, onde surgiram, de modo que tentar exportá-los para culturas que não os reconhecem violaria o direito destas à diversidade.
Assim, foi com base no relativismo cultural que neste ano, na Alemanha, uma juíza -citando o Alcorão, que reserva ao homem a prerrogativa de castigar a esposa em certos casos- recusou-se a conceder o direito à antecipação do divórcio a uma mulher que era regularmente surrada pelo marido muçulmano. Ou seja, em nome do direito à diversidade cultural, desrespeitaram-se os direitos humanos dessa mulher.

Ora, os direitos humanos não são um produto da cultura ocidental. Na Europa, o reconhecimento deles foi uma vitória da razão -que só o mais tacanho etnocentrista classificaria de "ocidental"- exatamente sobre as tradições culturais bárbaras do Ocidente medieval.
De todo modo, a menos que seja tomada como uma aplicação particular dos direitos humanos, a Declaração Universal sobre Diversidade Cultural não pode ser levada a sério. Por quê? Porque cada unidade cultural ampla contém ou é capaz de conter minorias, isto é, unidades culturais menores. A proteção da diversidade cultural falhará, a menos que proteja também o direito à diversidade de cada uma dessas unidades menores.

Pois bem, a menor unidade concebível é o indivíduo. Por exemplo, um único judeu -ou ateu, ou budista- que viva entre evangélicos constitui uma unidade cultural minoritária. Embora, portanto, a declaração em questão tenha em vista proteger a diversidade cultural de unidades culturais maiores do que a de um indivíduo, essa proteção será em última análise deficiente, a menos que se estenda ao indivíduo; e este é o sujeito dos direitos humanos. Portanto, para ser consistente, o direito à diversidade cultural tem que ser pensado como um direito humano: o direito de cada indivíduo humano à diversidade.

Esse direito me traz de volta à definição de cultura da UNESCO. Eu disse que tudo o que já se fez em matéria de artes e letras constitui um patrimônio a ser preservado e disponibilizado à apreciação da presente e das futuras gerações. No entanto, é preciso não esquecer que tudo o que já se fez, conquanto importante, é apenas um conjunto de possibilidades que se realizaram. Há, porém, infinitas outras possibilidades a se realizarem, algumas das quais só se manifestam historicamente, a partir do desenvolvimento tecnológico. O direito à diversidade cultural tem que ser, portanto, o direito à experimentação e ousadia em arte, filosofia, ciência, tecnologia etc.
E aqui penso que é preciso ir além e afirmar que o direito à diversidade cultural, estendido até o indivíduo e tendo como fundamento último e intransponível os direitos humanos, deve garantir a liberdade de experimentação também no que diz respeito a novos -para usar as palavras da mesma definição- modos de vida, maneiras de conviver, sistemas de valores e maneiras de lidar com a tradição e as crenças.

PRA QUE SERVE O TEATRO?


(Teatro-Estádio-Olimpo, Canudos)

Foi publicado no overmundo, esse fabuloso texto de Osvaldo Costa, que descreve a passagem de Os Sertões de Zé Celso pelo nordeste, nas cidades de Quixeramobim e Canudos. Uma grande colaboração, indo muito de encontro com o que pensamos sobre a funcionalidade da arte. Vale a pena ir até o overmundo e ler o texto na integra.

"No primeiro dia, espanto e admiração eram evidentes nos olhares da platéia. Grande parte dela sequer tinha assistido a uma peça teatral. "

"O dia seguinte foi recheado de comentários sobre a estréia do espetáculo. Nos bares, nas padarias, nos lugares cotidianos o assunto era o mesmo: a peça e a nudez. Opiniões divididas, mas Teatro lotado. Todos queriam ver. Estima-se que quase a mesma quantidade de pessoas da capacidade do Teatro ficou de fora, esperando alguma desistência.
Lá dentro, a peça contava a fundação e a formação do Homem até as multideterminações étnicas do brasileiro e do sertanejo. “ O tipo brasileiro é um tipo sem tipo”, bradavam os atores."

"No dia após a segunda parte, os comentários dos quixeramobinenses giravam em torno de muitos assuntos da peça, mas paravam, principalmente, em um só: a Buceta de Pandora ou Oráculo Vaginal, a cena em que uma atriz simula um monólogo com sua vagina enquanto a imagem focada desta é projetada no telão. Na fila para o terceiro dia, o bom humor cearense dava sua marca: “Já vi isso[ a vagina] fazer muita coisa, agora falar foi a primeira vez”, comentava um senhor."

"Último dia de espetáculo. Sente-se em Quixeramobim um clima saudoso e doído. Apesar de algumas resistências, a população foi se envolvendo com a história de seu mais famoso filho. “ Esse lugar não será o mesmo”, ouvia-se de diversas bocas.
Na quinta noite, o espetáculo iniciou-se fora do Teatro. O público entrava de mãos erguidas e era revistado pelo Exército Republicano. Euclides chegara ao cenário da Guerra. As vicissitudes dos últimos embates são mostradas de modo contundente e emocionante. Conselheiro morre em cena dirigida por Glauber Rocha. Ao final, com muitos da platéia em lágrimas, escuta-se o coro cantar: “ Ah! Sertão/ tão sem ser/ sertão/ Rocha Viva/ Voando,ando/ Ser estando, ser estando.../ Serestando... Tão sem ser...”

"Os Sertões levou “1968”, Oropa-França-Bahia para Quixeramobim. Não em um compartimento, mas em uma magnífica espiral de tempo. O sertão cearense retoma questões cruciais: a sexualidade, o corpo, a paixão pela vida. Tudo sob uma ótica singular.
Nunca um evento causou tanto impacto na Região. Após Os Sertões, pastores evangélicos foram protestar na Câmara Municipal e nas rádios locais; jovens fundaram um grupo de teatro; todas as edições dos livro de Euclides foram emprestadas da Biblioteca Pública; foram promovidos mais de dez debates na rede pública de ensino sobre a peça e o livro; a sexualidade e o corpo tornaram-se temas centrais nas rodas de conversa da cidade, seja na praça ou nas igrejas.

Definitivamente, Os sertões inseriram Quixeramobim no cenário cultural do Ceará. Passado vinte dias do fim da temporada, a cidade ainda respira o assunto, o que ratifica todas as suspeitas: o espetáculo está para além de um evento, ele ficou entranhado no afeto dos quixeramobinenses, revirando desejo, incomodando morais, fazendo pensar, serestando..."

Leia o texto na integra em:
http://www.overmundo.com.br/overblog/os-sertoes-em-quixeramobim-e-canudos

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

A CONFRARIA DOS ATORES NA SEDA!



A Confraria dos Atores participa da SEDA - Semana do Audiovisual, na próxima segunda-feira às 21h, com o Espetáculo OUTROS QUINTANAS, entrada franca.

Estaremos também fazendo parte da mesa redonda sobre a COCCAR, no domingo às 14h. Quem quiser saber mais sobre essa nova organização, pode ir lá, e vamos debater juntos.

Dada a largada para a gestão da Secretaria de Cultura de MT!

por Espaço Cubo Digital


(foto: SECOM - Em destaque, o atual Secretário de Cultura de MT, João Carlos Ferreira )

Com a eminente saída do atual secretário estadual de cultura, João Carlos Ferreira, muitas notícias têm sido plantadas nos bastidores dando conta de possíveis nomes à assumirem a Secretaria a partir de 2008, entre esses nomes estão o do sub-secretário Toco Palma, o do bailarino Kelson Panosso e pasmem, o do diretor de cultura da UFMT , Fabrício Carvalho.

Tanto Toco Palma como Kelson Panosso são agentes que têm acompanhado os movimentos ligados ao setor nos últimos anos, entre eles a Conferência Nacional, a Estadual e a Municipal de Cultura, além de serem presenças constantes no Fórum Permanente de Cultura de MT.

Fabrício Carvalho vem se mostrando um agente completamente omisso e despreocupado com as demandas da sociedade civil, deixando isso bem claro em sua gestão frente a Coordenação de Cultura da UFMT, onde após vários anos e anos de completo descaso , tem auxiliado e muito para o desaparecimento completo de toda e qualquer manifestação cultural do campus, sem falar na completa falta de um programa sócio-político de ocupação daquele gigantesco espaço.

Fabrício Carvalho é a personificação do retrocesso na gestão cultural, e para quem quiser comprovar é só dar uma volta pelo campus da UFMT e conversar com alunos, músicos, vídeo-makers, e até com funcionários da Coordenação de Cultura que não cansam de reclamar da falta de eficiência e de competência na gestão do patrimônio publico.

O Governo cometeria um grandioso equívoco se colocasse a frente desta pasta um agente tão despreparado para assumir tamanha responsabilidade. Que venha a lista tríplice do fórum....

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

ASSEMBLÉIA GERAL DE FUNDAÇÃO DA COCCAR JÁ TEM DATA MARCADA!

Por Espaço Cubo - http://www.espacocubo.blogger.com.br/

Artistas, produtores e jornalistas de Mato Grosso já se preparam para a assembléia de fundação da COCCAR - Cooperativa de Comunicação Cultura e Arte, a mais nova entidade do estado que pretende aglutinar uma grande parcela dos agentes culturais locais.

As reuniões para a definição de um pré-estatuto já estão acontecendo a quase um mês, todas as segundas feiras em diversos espaços culturais de Hell City.

Interessados em mais informações entrem em contato com coccarcuiaba@gmail.com. A Assembléia Geral está marcada para o dia 12 de janeiro, sábado, e todos estão convidados.

SECRETARIA EM PAUTA

Em vários momentos nas reuniões do Movimento de Teatro essa dor volta. Volta porque está sendo mal tratada. Somos orfãos de um orgão, que se diz responsável por nos atender e promover nosso trabalho. A cada dia que passa as coisas vão sendo esquecidas, as dores esquecidas... mas ainda bem que sempre tem alguém para meter o dedo na ferida. E é esse o papel no nosso movimento.

Estamos vivendo um momento impar para o teatro cuiabano, as companhias crescendo, se desenvolvendo economicamente, e agora damos um novo passo, decisivo na busca por mudanças: a organização. A cada segunda-feira, mais grupos vão unindo ao movimento, desde companhias de longa estrada, até as que estão começando agora. Dessa forma a gente está trocando experiências, discutindo assuntos importantes, formando opiniões. Politizando a classe. Somente através da união de forças é que vamos conseguir ter voz num lugar onde quem tem voz, são apenas os amiguinhos, dos amiguinhos dos políticos.

Chega! Não quero mais ter que fazer politicagem, esquemas e lobbys para conseguir que meu projeto seja aprovado. Eu não quero ter que ficar puxando saco de secretário nenhum, para ter espaço. Eu quero apenas o que me pertence por direito. O povo tem direito ao acesso facilitado as manifestações artísticos-culturais, se tem direito, se tá na lei, porque eu tenho que ficar brigando e tentanto convencer secretário que esse é o seu papel?

Por que nós temos que brigar para conseguir espaço no Cine-Teatro? Aliás porque ainda não brigamos para que esse espaço seja realmente inaugurado? Cadê os recursos? O que foi feito? Já faz muito tempo que se está reformando... quando termina uma reforma, ela se deteriora e se refaz tudo de novo. Coloca-se mármore, se retira o mármore... faz uma coisa, refaz. O que é isso? Estamos falando de dinheiro público e não de brincadeira de castelinho de areia.

Por que não temos acesso facilitado para conversar com o secretário?

Agora vamos realizar um grande projeto. Projeto esse, que vem para ocupar e fazer o papel do governo. Vamos levar arte para os bairros, vamos fazer com que pessoas que nunca tiveram contato com o teatro, possam ver de graça, gostar e quem sabe até serem as futuras ocupantes desse espaço. Vamos ocupar espaços alternativos, popularizar a arte, criar platéia, criar uma rede de contatos, criar.. criar... criar o que já se devia estar criado.

E o nosso curso técnico? E nosso curso superior? Será que já não está na hora de o governo pensar na profissionalização de seus agentes? Temos demanda para isso. Temos urgência em capacitação. Só não estamos mais ilhados aqui por que corremos atrás. Fazemos acontecer. Mas como estaria o estado hoje, se o governo cumprisse com seus deveres?

Vamos debater! Vamos construir nossa carta aberta. 2008 está chegando? E o que será que a secretária está pensando, o que será esse ano?

Jan Moura - Confraria dos Atores

terça-feira, 11 de dezembro de 2007



SEDA - SEMANA DO AUDIOVISUAL

A 2º SEDA – Semana do Audiovisual abre suas inscrições. A inscrição dá direito ao participante de fazer a oficina cinematográfica e aos shows noturnos. Para participar basta entrar no blog da Próxima Cena e fazer o download da ficha de inscrição. Este ano a SEDA valoriza as discussões de economia solidária recorrente em todo país e utiliza a moeda social de troca Cubo Card (Cc$) como valor da inscrição. “Qualquer um tem algo a oferecer. Existem várias opções de troca para o interessado na SEDA como trabalhar no Calango, Grito Rock, estúdio de ensaio, de gravação, comunicação ou qualquer outro setor e atividade referente ao Espaço Cubo” explica Lenissa Lenza responsável pelo Administrativo-Financeiro do Espaço Cubo e produtora da Semana do Audiovisual (SEDA).

Além da oficina e shows, a SEDA conta com o espetáculo teatral “Outros Quintanas” do grupo Confraria dos Atores e a mesa redonda da cooperativa recém criada COCCAR - Cooperativa de Comunicação Cultura e Arte. Ambos gratuitos. Para participar somente dos shows, a entrada é R$ 3,00. Todas as atividades acontecem no MISC – Museu da Imagem e do Som. A SEDA acontece entre os dias 15 e 20 de dezembro e é realizada pela Próxima Cena. Conta ainda com o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, Museu da Imagem e do Som, AMAV/ABD, AMISC e CVC vídeo locadora e o apoio da Casa Fora do Eixo, Movimento Panamby, Imprensa de Zine, Volume, Instituto Mandala, Espaço Atômico, Confraria dos Atores, Editora Cativa, Circuito Fora do Eixo, Coccar e Padam!


Qual o lugar do texto falado quando os textos corporais nos bastam?

A questão do espectral: vejo que o teatro físico alimenta-se dos estados corpóreos, configurando mais espectros do que personagens dramáticos ou épicos. A figura, tão cara para uma arte narrativa e de conexões lógicas de significação, é des-figurada. Não pelo mergulho psicológico (teatro dramático moderno norte-americano, por exemplo, onde, em Longa Jornada Noite Adentro as personagens se desmancham, mas a representação está firmemente alicerçada em cena), ou mesmo épico-narrativo, com os seus enunciados discursivos diretamente para o público, mas sim porque o estados corporais e os desenhos intensivos tomam a composição cênica. Deleuze fala de uma lógica da sensação, quando aborda a pintura de Francis Bacon. Por ressonância, penso que os espectros do teatro físico, como o Zikzira desenha, aparecem primeiramente como figuras, mas são tomadas por forças desfigurantes. Deleuze diz que “em arte, tanto em pintura quanto em música, não se trata de reproduzir ou inventar formas, mas de captar forças”. Ele cita a fórmula de Klee: “não apresentar o visível, mas tornar visível”. E o que o teatro físico e pós-dramático realiza não é a figuração das personas, mas sim as forças invisíveis que atravessam os corpos. (...)

O elenco, com performers de várias nacionalidades (brasileira, argentina e coreana), mergulha nesse mundo espectral e nos remete às forças invisíveis. Estão comprometidos com a linha das sensações que perseguem durante todo o espetáculo. E isso é muito bonito de se ver.

Fernanda Lippi mostra, assim, que continua com sua busca por uma linha pulsional, de uma coreografia energética. Não se trata mais de dança, moderna ou contemporânea, apesar do universo que baila diante de nossos olhos. Essa é uma dança que se dá antes de modo mais intensivo e menos extensivo.

Quanto ao texto falado, em alguns pontos do espetáculo, como no discurso de Hipólito, não me parece que se adentra na mesma viagem espectral e desfigurante das forças que tomam os corpos. Há outros planos vocais, como o cantor lírico sobre uma ponte acima dos atores. E, também, as expressões vocais menos carregadas de significação, que me tranportam para o plano das sensações. No entanto, há um componente de representação na vocalização do papel de Hipólito, por exemplo, que me remete a um teatro no qual a figuração da fala é explícita, apesar do delírio que o plano ficcional nos arrasta. São perguntas que ficam, para ver como o teatro físico do Zikzira define sua viagem pelos caminhos do texto falado, já que fez do plano cênico-corpóreo uma experiência de grande consistência. São perguntas, também, que faço sempre a mim mesmo, como pesquisador e criador: qual o lugar do texto falado quando os textos corporais nos bastam.

Luiz Carlos Garrocho

(leia o texto na integra em:
http://luizcarlosgarrocho.blogspot.com/2007/12/zikzira-teatro-fsico-eu-vos-liberto.html )

Conheça um pouco do trabalho da Zikzira, veja os vídeos e se deleitem com o trabalho maravilhoso da companhia.
ZIKZIRA



segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

MOVIMENTO DE TEATRO


Confrades Karina, Luciano, Benone, Jan e Talita.

Com o objetivo de unir e fortalecer o segmento teatral em nosso estado, buscar soluções para nossos problemas e dificuldades diversas, foi criado o Movimento de Teatro, que se reúne todas as segundas no MISC, às 17h.

O movimento é formado por diversas companhias de teatro, produtores culturais e vem se reunindo desde novembro. A idéia surgiu a partir de discussões no Fórum Permanente de Cultura que indicaram a necessidade dos teatreiros de se conhecerem e se organizarem de forma mais efetiva. O Movimento conta com a participação ativa de mais pessoas a cada semana e os resultados já podem ser observados: companhias com anos de estrada e grupos novos estão se conhecendo e trocando experiências. Mas a maior ação do Movimento até agora foi a decisão de lançar o projeto Curto-Circuito.

Curto-Circuito


Trata-se de uma mostra de espetáculos daqui, que circulariam por espaços ainda não muito utilizados para esse fim, dessa forma popularizando nossos trabalhos e formando público. O Curto-Circuito será lançado em abril de 2008 e em sua programação contará com espetáculos de 18 companhias distribuídas em diferentes pólos: Centro, Coxipó, CPA e Várzea Grande.

Quem estiver interessado em participar do Movimento de Teatro e do projeto Curto-Circuito compareça às reuniões:
Local: MISC
Horário: 17h
Data: Todas as segundas-feiras

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

OUTROS QUINTANAS


Foto: Aroldo Lima Verde

A partir do convite do SESC Arsenal-MT em 2006, através do projeto “Leitura de Movimentos”, que tem a finalidade de fomentar a pesquisa, a reflexão e a produção da dança contempôranea, surgiu o espetáculo Outros Quintanas, um desafio para a Confraria dos Atores. Sem qualquer formação na área de dança, os atores da companhia buscaram traduzir as sensações e os sentimentos, a livre expressão do corpo num conjunto cênico-literário.

A resposta do público foi tão positiva que a companhia se propôs a dar continuidade ao projeto, reformulando-o. Hoje, o espetáculo é formatado para espaços abertos, tais como: praças, parques, jardins, etc. Como é característico do trabalho da Confraria dos Atores, o público é convidado a participar tomando café ou adentrando no espaço cênico com a mesma liberdade de um ator.

Da leitura, interpretação dos poemas e da pesquisa da vida do autor encontramos um ambiente característico do universo de criação de Mario Quintana: sozinho num quarto, fumando cigarros, bebendo café, escrevendo à lápis, a poesia surge.

A trilha sonora original de Emanuel Vitor - executada ao vivo - foi composta a partir da relação dos poemas com as tonalidades das interpretações e o ambiente de encenação. Utilizando violão e pandeiro surgiram os timbres e texturas das músicas que ora sublinham, ora pontuam, ora permeiam, ora dialogam, ora contrapõem o trabalho de Quintana e dos atores.

Em meio a esse ambiente que "outros quintanas" se apropriam da poesia para criar movimentos, impressões, sensações e paladares. Ofertando poemas e musicando sentimentos a Confraria dos Atores apresenta sua leitura particular de Mario Quintana.



Ficha Técnica:
Direção – Benone Lopes
Elenco – Karina Figueredo
Jan Moura
Talita Figueiredo

Benone Lopes
Maquiagem – Luciano Paullo
Figurino – Talita Figueiredo
Produção – Confraria dos Atores

Formato: Teatro de rua
Duração: 40 min.

A CONFRARIA DOS ATORES


Foto: Aroldo Lima Verde


Imbuídos do desejo de se expressarem com maior liberdade, longe das convenções do teatro dito “tradicional”, nove atores se uniram e fundaram, no ano de 2004, a Confraria dos Atores. É através do estudo e aprimoramento do contato entre ator e platéia, que a companhia segue em busca de um teatro autêntico e satisfatório, onde essa interação torna-se personagem principal e uma das características moventes da companhia. Formado atualmente por Benone Lopes, Emanuel Vitor, Jan Moura, Luciano Paullo, Karina Figueredo e Talita Figueiredo.

A Confraria dos Atores, que em sua filosofia prega o teatro como instrumento de descobertas, pretende estabelecer com seu público uma relação de troca. Ao passo que levamos materiais para que eles possam se questionar enquanto seres, a própria companhia se transforma ao receber deles o estímulo necessário para estabelecer esse “ritual” cênico.

Em cada trabalho a presença do ator enquanto criador do processo cênico é marcante, sempre em busca de levar ao público: sensações, reflexões e questionamentos.

Devido à legitimidade, ousadia e qualidade do trabalho, a equipe, em apenas três anos de existência, já se destaca como uma das principais do Estado, tendo participado de mostras e festivais de grande relevância no Brasil, como: Festival de Teatro de Curitiba – Fringe (2006), Mostra Sesc Cariri de Cultura (2006), Festival Nacional de Teatro de Cuiabá (2006), Guaná – Mostra SESC Arsenal de Artes e Cultura (2006/2007), Festival Palco Giratório (2007) e Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães (2007). Dessa forma, a arte produzida no Estado foi conhecida e já ocupa um local de destaque no cenário cultural brasileiro.