segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A CONFRARIA DOS ATORES apresenta A BOLSA AMARELA de Lygia Bojunga

Ilustração de Maria Louise Nery para o Livro A Bolsa Amarela
Ilustração de Maria Louise Nery para o Livro A Bolsa Amarela
Ilustração de Maria Louise Nery para o Livro A Bolsa Amarela
Ilustração de Maria Louise Nery para o Livro A Bolsa Amarela



Projeto Poesia, Versos e Cordas - SESC Arsenal

Sinopse
De dentro da bolsa amarela da pequena Raquel saem personagens fantásticas, que constroem grandes aventuras intensificadas por suas vontades reprimidas. A Bolsa Amarela é a história de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família. Sensível e imaginativa nos conta seu dia-a-dia, juntando o mundo real com o mundo criado por sua imaginação fértil, povoada de amigos secretos e fantasias.

Da escolha da autora e da obra

A Confraria dos Atores que em sua filosofia tem a missão de levar até seu público idéias que façam com que ele questione e reflita sobre seu modo de viver, encontrou no texto de Lygia Bojunga uma forma positiva e lúdica de oportunizar conteúdo e provocações, que alimentem o debate e as relações com seus interlocutores.
O livro A Bolsa Amarela foi escrito no auge da Ditadura Militar, momento no qual a oposição ao governo era fortemente reprimida. As pessoas não tinham liberdade de expressar publicamente a sua crítica ao governo, não tinham o direito de ir e vir quando quisessem e para onde interessassem. Como escritora Lygia Bojunga não sofreu repressão por parte dos militares, pois, por ser considerada autora infantil, seus textos não sofriam cortes ou vetos. Apesar disso, ela construía um mundo alegórico em que personagem e atitudes aparentemente inocentes possuíam um alto e sutil teor ideológico.
Mergulhados nas tramas que Lygia Bojunga cria em torno da personagem Raquel de seu livro – A Bolsa Amarela, a Confraria dos Atores se coloca no desafio de traduzir em sons e palavras faladas, a magnitude da crítica sutil presente em sua obra. A montagem levará para o palco uma adaptação do romance fixando-se nos momentos mais importantes, para que o público tenha acesso à essência da história. 
A música, composta exclusivamente para a montagem, será executada ao vivo, experimentando arranjos que criam um cenário sonoro, que colabora com a ambientação das aventuras vividas pela nossa personagem.

Sobre LYGIA BOJUNGA

Escritora brasileira nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. A predominância do analfabetismo que presenciou nessas viagens levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.
Num continente que se tornou conhecido por seu realismo mágico e contos fantásticos, a literatura infantil brasileira caracteriza-se por uma acentuada transgressão dos limites entre a fantasia e a realidade. Para ela, o quotidiano está repleto de magia: onde brotam os desejos tão pesados que literalmente não é possível erguê-los, onde alfinetes e guarda-chuvas conversam tão obviamente como os peões e as bolas, onde animais vivem vidas tão variadas e vulneráveis como as pessoas. Imperceptivelmente, o concreto da realidade transforma-se noutra coisa, não num outro mundo, mas num mundo dentro do mundo dos sentidos, onde a linha entre o possível é tão difusa como fácil de ultrapassar. A tristeza vive com Bojunga juntamente com o conforto, a calma alegria com a estonteante aventura e no centro da fantasia da escrita está a criança, muitas vezes sozinha e abandonada, sempre sensível, sempre cheia de fantasias. Os sonhos inflados de Raquel em A Bolsa Amarela, 1976, são literalmente perfurados por um alfinete, e transformados em pipas de papel que voam para bem distante à mercê dos ventos.
Bojunga (que costuma apresentar-se em público com monólogos dramáticos) tem o dom da narrativa oral que prende o leitor logo na primeira página. Também escreveu peças teatrais e gosta de usar descrições cênicas. Bojunga entra sem medo no domínio dos adultos, na sua escolha de justificativas encostando-se com todo o direito à sua enorme capacidade de concretizar e personificar as sombras interiores em histórias fáceis de entender, equilibrando-se com perícia na linha entre o humor e o sério.
As obras de Bojunga estão traduzidas para várias línguas, entre as quais francês, alemão, espanhol, norueguês, sueco, hebraico, italiano, búlgaro, checo e islandês. Recebeu vários prêmios, entre eles, o Prêmio Jabuti (1973), o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen (1982) e o Prêmio da Literatura Rattenfänger (1986).

Da Confraria dos Atores
Surgida em 2004, na cidade de Cuiabá, a Confraria dos Atores é uma companhia que visa aprimorar o contato entre o ator e a plateia, transformando essa característica numa das principais do grupo. Em cada trabalho a presença do ator enquanto criador do processo cênico é marcante, sempre tentando aproximar o público do trabalho e transformá-lo em agente instigador da pesquisa. A companhia, que em sua filosofia prega o teatro como instrumento de descobertas, pretende estabelecer com seu público uma relação de troca. Ao passo que leva materiais para que ele possa se questionar, a própria companhia se transforma ao receber dele o estímulo necessário para estabelecer esse ritual cênico. Para a Confraria dos Atores o ator-criador é sempre o principal esteio do trabalho. A companhia vê o ator como “(...) retrato nu do homem, exposto a qualquer transeunte, silhueta elástica (...)” conforme desenhou Tadeusz Kantor no Lê Theâtre de la Mort.

Serviço:
Poesia, Versos e Cordas: A Bolsa Amarela – Lygia Bojunga
Data: 27 de outubro de 2010
Horário: 15h e 20h
Local: Teatro do SESC Arsenal
Entrada Franca
Informações: (65) 3616-6901 / 8407-1184
www.confrariadosatores.blogspot.com
confrariadosatores@gmail.com
@ConfraDosAtores

terça-feira, 5 de outubro de 2010

BENONE LOPES conversa no CABEÇA ATIVA sobre A HISTÓRIA DO TEATRO EM MATO GROSSO


Manifestações teatrais nas terras onde o ouro brota do chão: as artes cênicas em Mato Grosso no séc. XVIII



O cuiabano está acostumado com a falsa idéia de isolamento cultural. A vida no sertão, o interior da
América do Sul, e a distância geográfica nos fez acreditar que Cuiabá esteve apartada da arte e cultura dos grandes centros europeus. As pesquisas, já consagradas, sobre a história do teatro de Alcides Moura Lott e Carlos Francisco Moura nos provam que não! O Mato Grosso setecentista viveu uma vida plena de cultura impulsionada por festas populares e manifestações teatrais que criaram uma teia de influências culturais. Esta última é resultado direto da vivência de teatro e de ópera existente na Europa, do mesmo período, e que embarcaram na cultura lusitana de apresentações artísticas dentro de navios e embarcações fluviais até chegar ao sertão que erroneamente foi creditado como isolado. Aqui, nesta terra governada por funcionários de alto escalão da coroa lusitana, este teatro, religioso ou profano, encontrou palco e público para comédias, entremezes e óperas que juntas formaram um número de apresentações superiores ao do resto do Brasil. Vamos visitar um pouco destas práticas teatrais, para compreender como se dava o teatro no Mato Grosso colonial; também, nestes encontros, vamos entender a trajetória da cultura teatral nestas terras; e, por fim, visitar alguns trechos de peças teatrais que foram apresentadas naquele mesmo momento.

Cabeça Ativa - Sesc Arsenal
Dias: HOJE, 19 e 26 de outubro, 19h.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Confraria relembra episódio vergonhoso: a Rusga



JULIANA CAPILÉ
ESPECIAL PARA A FOLHA DO ESTADO
http://www.folhadoestado.com.br/jornal/paginas/grd/30_951.pdf


O novo espetáculo da Confraria dos Atores trata de um tema bastante vergonhoso para Cuiabá, mas que fundamentalmente não pode ser esquecido: a Rusga. Em 1834, Cuiabá viveu um episódio sangrento, movido por questões políticas e xenófobas, quando centenas de pessoas foram feridas e assassinadas porque não haviam nascido aqui. Os chamados “bicudos”, de outrora, bem podem ser os “pau rodados” de hoje, expressão que carrega um bairrismo perigoso e que separa os pertencimentos de cada morador da cidade. A rusga serviu para enriquecer os ‘brasileiros’ e tirar dos ‘bicudos’ o poder financeiro, através de saques e apropriações, mais ou menos como os nazistas fizeram com os judeus na segunda guerra; mata e pega o que é deles. 

Para tratar de tema tão violento e espinhoso, a Confraria optou por uma narrativa fragmentada, procurando evidenciar os personagens comuns da história, que viveram o fato, morreram, sofreram ou foram beneficiados por ele. O espetáculo se passa num espaço alternativo, negando o distanciamento proposto pelo palco italiano, que o maior pecado é separar a plateia da cena. Neste espaço o espectador está junto com a cena e pode inclusive participar dela, como acontece na Rusga. Na vez que eu fui acompanhar os estudos de linguagem do grupo, fiquei com a incumbência de segurar uma medalhinha de Nossa Senhora. Só o fato daquela medalhinha estar na minha mão já me transportou para o século XIX e me fez tomar partido naquela história. Ficamos envolvidos, e quando percebemos, nossa presença é requisitada na cena: precisamos decidir se vamos libertar uma mulher acorrentada, se vamos pendurar roupas de mortos nas forcas, se vamos sentar neste ou naquele lado da rusga... Tudo isso porque permitir ou não que coisas assim aconteçam, depende de todos. É o que a Confraria deixa escapar no espetáculo. Aliás, este pensamento permeia todo o trabalho de pesquisa do grupo. A Confraria dos Atores é formada por Benone Lopes, Emanuel Vitor, Jan Moura, Karina Figueredo e Talita Figueiredo, e desenvolvem um trabalho de criação coletiva, além de pesquisar o teatro colaborativo para avançar na busca. Na criação coletiva todos os integrantes contribuem
com a cena, criando e produzindo juntos. É um método de trabalho bastante democrático e só funciona com grupos coesos, como é o caso do Confraria, que existe desde 2004.

O grupo se afirma na preocupação do teatro contemporâneo, de pensar seu lugar e buscar compreender questões próximas da nossa realidade. Contemporâneo também é discutir o fazer teatral, buscando questionar o espaço da representação, a posição dos espectadores na cena, o local da técnica cênica. Pensando em tudo isso, a Confraria dos Atores realiza um teatro contemporâneo e avança a discussão
teatral em nossa cidade. Para quem ainda não viu, recomendo ficar atento ao calendário de apresentações. Para conhecer o mais o grupo basta acessar o www.confrariadosatores.blogspot.com/

Juliana Capilé – Cia Pessoal de Teatro

Um primeiro passo foi dado.



Nos dias 18 e 19 de setembro a Confraria dos Atores estreou seu novo espetáculo: RUSGA. Casa lotada, e infelizmente algumas pessoas ficaram de fora, inclusive amigos e parceiros, mas como nosso espaço é pequeno e não coube todos que queriam ver (mas muitas outras oportunidades virão), agradecemos o esforço e pedimos desculpas pelo transtorno.

Agora partimos para continuar a pesquisa. O nosso processo é caracterizado por um questionamento constante do fazer. E é claro a estréia foi o Fim/Recomeço da pesquisa. Agora é hora de amadurecer.

Agradecemos muito as pessoas que colaboram de forma positiva para a realização: Hiald Iluminação, SESC Mato Grosso, COCCAR, o Movimento de Teatro e claro nosso patrocinador Governo do Estado de Mato Grosso, através do Fundo Estadual de Fomento a Cultura.

Estamos trabalhando para fazermos uma nova temporada.

Valeu Amigos Confrades...

sábado, 18 de setembro de 2010

É HOJE! A Confraria dos Atores estréia RUSGA


Depois de quase 2 anos de muito trabalho e pesquisa, a Confraria dos Atores estréia seu mais novo trabalho: RUSGA! Experimento Cênico inspirado em episódio histórico da nossa cidade. Buscando uma dramaturgia própria e um processo de criação que fosse totalmente autêntico, ligado as nossas próprias vontades de expressar, construímos uma obra que é formada exclusivamente por nossas visões estéticas. Os ensaios abertos foram mais uma etapa importante para o crescimento da pesquisa, o público entrou como o sexto colaborador, muitas idéias, opiniões e visões diferentes nos deram um outro rumo, chamaram a atenção para pontos que ainda precisavam ser melhorados, revistos, potencializados. Dessa forma esse espetáculo nasceu, polifonicamente construído, rizomaticamente costurado. Hoje é um dia muito importante para nós, estabelecemos o final/início de um processo que não para por aqui, definimos apenas um ponto na linha do tempo, hora de mostrar para o público, hora de amadurecer. 

Saiba Mais sobre o espetáculo em:

Veja o vídeo do espetáculo:


Serviço:
Estréia RUSGA
18 e 19 de setembro de 2010
SESC Arsenal - Salão Social
Entrada Franca - Ingressos Limitados
Informações: (65) 8407-1184
@ConfraDosAtores
confrariadosatores@gmail.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A CONFRARIA DOS ATORES estréia seu novo espetáculo: RUSGA



Este mês a Confraria dos Atores estréia seu novo espetáculo, RUSGA. A peça será apresentada nos dias 18 e 19 de setembro, às 20h, no SESC Arsenal. A entrada é gratuita.
RUSGA é um experimento cênico baseado no episódio histórico homônimo que ocorreu em Cuiabá no ano de 1834. Na noite de 30 de maio daquele ano, parte da elite cuiabana, desejosa de poder, promoveu uma matança contra seus inimigos, a elite de ascendência portuguesa, chamada pejorativamente de “bicudos”. 
Esse acontecimento fez parte das movimentações e revoltas contra os portugueses no Brasil durante o Período Regencial. No espetáculo, quatro personagens, de forma embaralhada e entrelaçada, mostram-se alterados de forma irreversível pelos acontecimentos que permeiam essa noite. 
Através de um processo de criação coletiva, pautado na negociação das subjetividades de cada participante, a companhia criou uma dramaturgia que pretende refletir sobre a história da cidade e de seu povo. 

SOBRE A CONFRARIA DOS ATORES

A Confraria dos Atores é uma companhia de teatro fundada em 2004, em Cuiabá-MT. Através do estudo e aprimoramento do contato entre ator e platéia, a companhia segue em busca de um teatro autêntico, onde essa interação torna-se personagem principal e uma das características moventes da companhia. Em cada trabalho a presença do ator enquanto criador do processo cênico é marcante, sempre tentando aproximar o público do trabalho e transformá-lo em agente instigador da pesquisa.


FICHA TÉCNICA

Dramaturgia e Direção Coletiva
Atuação: Benone Lopes, Emanuel Vitor, Jan Moura, Karina Figueredo e Talita Figueiredo
Pesquisa Musical e Luminotécnica: Emanuel Vitor
Figurino e Caracterização: Talita Figueiredo
Cenário: Criação Coletiva
Design Gráfico: Jan Moura
Pesquisa Histórica: Benone Lopes
Confecção de Figurinos: Maria das Dores Freitas Leite

SERVIÇO

Espetáculo: RUSGA
Data: 18 e 19 de setembro
Local: SESC Arsenal
Horário: 20h
Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184
E-mail: confrariadosatores@gmail.com
Twitter: @ConfraDosAtores

Mais Informações Sobre o Processo de Criação Acesse:
http://confrariadosatores.blogspot.com/p/rusga.html


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Estréia - RUSGA - Experimento Cênico inspirado em Episódio da História de Cuiabá


Serviço:
RUSGA
Data: 18 e 19/09/10
Horário: 20h
Local: SESC Arsenal

Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184
confrariadosatores@gmail.com
@ConfraDosAtores

Rusga - Algumas Fotos do último Ensaio Aberto










Serviço:
RUSGA
Data: 18 e 19/09/10
Horário: 20h
Local: SESC Arsenal

Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184
confrariadosatores@gmail.com
@ConfraDosAtores

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rumo à estréia

Acabamos de realizar o último ensaio aberto da Rusga. Ufa!

Os ensaios aconteceram na sexta e no sábado (27 e 28/08/10), no SESC Arsenal, e para nossa alegria o público lotou o espaço de apresentação e colaborou conosco de forma enriquecedora nos bate-papos que se seguiram aos ensaios.

Como sempre frisamos, esta peça é fruto do trabalho conjunto de todos os membros da Confraria. Todos exerceram as funções de ator, dramaturgo e diretor neste processo. E agora, com os comentários e dicas do público que participou dos bate-papos, podemos afirmar que o público também é co-autor deste trabalho coletivo. É por isso que agradecemos muuuuiiiito a todos que prestigiaram os ensaios abertos.

Agora é tempo de voltar à labuta e fazer os últimos arremates até a nossa estréia. Esperamos vocês lá!

Serviço:
RUSGA
Data: 18 e 19/09/10
Horário: 20h
Local: SESC Arsenal

Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184
confrariadosatores@gmail.com
@ConfraDosAtores

domingo, 22 de agosto de 2010

Processo Aberto: Rusga - SESC Arsenal



Depois de 02 apresentações em nosso espaço de ensaio para amigos fazedores de teatro, partimos para a segunda etapa do processo de construção do nosso espetáculo. Nos próximos 27 e 28 de agosto, às 19h, a Confraria dos Atores abre seu processo de construção para o público geral. Venha e colabore com a construção dessa obra que pauta pela criação coletiva.

Rusga é um experimento cênico baseado no episódio histórico de mesmo nome, que teve como palco a Cuiabá de 30 de maio de 1834. Ao cair da noite, parte da elite cuiabana, desejosa de poder, promoveu uma matança contra seus inimigos, a elite de ascendência portuguesa, chamada pejorativamente de “bicudos”. Rusga significa briga, ruptura, mas para Cuiabá esta palavra também é sinônimo de uma herança política marcada por manipulações e abusos de autoridade. Uma disputa de poder e riquezas, manifestação extrema de xenofobia sob o pretexto de ideais patrióticos.

Neste trabalho, a companhia procura apresentar imagens e sensações desse dia tenebroso sob a ótica de diversos personagens envolvidos direta ou indiretamente com o evento criando uma trama rizomática. Os personagens, de forma embaralhada e entrelaçada, mostram-se alterados de forma irreversível pelos acontecimentos que permeiam a Rusga. Utilizando o processo de criação coletiva, esta pesquisa surgiu da inquietação da Confraria dos Atores por uma dramaturgia própria que dialogasse com a história de nossa cidade.

Quando: 27 e 28 de agosto (sexta e sábado) - 19h
Onde: SESC Arsenal - Salão Social
Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

TEATRO DE BRINQUEDO estréia novo espetáculo: O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE FEIURINHA


O Teatro de Brinquedo fará a pré-estréia do espetáculo "O fantástico mistério de Feiurinha", um texto de Joilson Francisco, baseado na obra de Pedro Bandeira. Será no dia 23/08 (segunda-feira), às 19h30, no anfiteatro do Colégio Coração de Jesus. A entrada é franca e é permitido levar quantos acompanhantes quiser (não se esqueça de que a lotação do teatro é 300 pessoas).

Informações: (65) 8115-5337

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mais um dia de Ensaio Aberto


(foto: Yuri Kopcak)

A Confraria dos Atores agradece aos amigos e companheiros teatreiros que responderam ao nosso convite e compareceram nos 2 primeiros ensaios abertos. Para nossa pesquisa a colaboração do público é essencial. Ganhamos formidáveis contribuições que nos ajudarão a construir um espetáculo realmente colaborativo.

Dando continuidade na pesquisa, voltaremos para nosso espaço de ensaio para lapidar nosso trabalho. Refazer, Reescrever, Aprofundar, Rever, Reforçar, Mudar, Continuar...

Ainda esse mês faremos mais 2 processos abertos, agora no SESC Arsenal, dias 28 e 29, às 19h. Agora aberto a participação de todos que quiserem conhecer nossa pesquisa e colaborar conosco. A estréia do espetáculo será em setembro, também no SESC Arsenal.

Novamente... Obrigado!


domingo, 8 de agosto de 2010

Confira um pouco do ensaio aberto da Rusga

Ontem, 07 de agosto, rolou o primeiro ensaio aberto ao público da Rusga.

A Confra agradece muito aos que foram e compartilharam suas impressões conosco. Essas informações serão de suma importância para aprimorar o trabalho.

Pra dar um gostinho, vamos colocar algumas imagens aqui, confiram:





quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A Confraria dos Atores apresenta Rusga




A Confraria dos Atores, depois de mais de um ano trabalhando em cima da criação do seu novo projeto, prepara-se para sua estréia. Rusga, nome do seu mais novo espetáculo, é resultado de uma pesquisa histórica e cênica em torno do episódio homônimo ocorrido em Cuiabá em 1834. A companhia fará 6 apresentações deste processo, sendo 02 ensaios abertos para convidados, que acontecerá nos próximos dias 07 e 14 de agosto, às 20h, na sua sede, 02 ensaios abertos para o público geral, nos dias 27 e 28 de agosto, às 19h, no SESC Arsenal, e as últimas 02 apresentações, já com a versão final nos dias 18 e 19 de setembro.

Esse trabalho nasceu da busca de uma dramaturgia própria e baseada em uma criação horizontalizada, a companhia aventurou-se em um processo de criação coletiva, sem direção, sem dramaturgia prévia e sem hierarquias. Pautado na negociação das subjetividades de cada participante.

A partir de improvisações, escrita coletiva, oficinas e experimentos em sala de ensaio apresentamos ao público uma trama rizomática construída pelas visões que cada participante trouxe para o processo de composição. A escolha por esse processo difícil e demorado teve o intuito de romper com as imposições de um diretor ou dramaturgo e proporcionar uma experiência única onde as subjetividades dos envolvidos tivessem espaço aberto para se expressar, compor, negociar, agenciar e até entrar em choque.

Rusga significa briga, ruptura, mas para Cuiabá esta palavra também é sinônima de uma herança política marcada por manipulações e abusos de autoridade. Uma disputa de poder e riquezas, manifestação extrema de xenofobia sob o pretexto de ideais patrióticos. Neste trabalho, a companhia procura apresentar imagens e sensações saturadas desse dia tenebroso e incerto, sob a ótica de diversos personagens envolvidos direta ou indiretamente com o evento.

Quatro personagens, de forma embaralhada e entrelaçada, mostram-se alterados de forma irreversível pelos acontecimentos que permeiam a Rusga, episódio que teve como palco a Cuiabá de 1834, no dia 30 de maio. Ao cair da noite, parte da elite cuiabana, desejosa de poder, promoveu uma matança contra seus inimigos, a elite de ascendência portuguesa, chamada pejorativamente de “bicudos”. Esse acontecimento fez parte das movimentações e revoltas contra os portugueses no Brasil durante o Período Regencial.

SOBRE A CONFRARIA DOS ATORES

Surgida em 2004, na cidade de Cuiabá, a Confraria dos Atores é uma companhia que visa aprimorar o contato entre o ator e a platéia, transformando essa característica numa das principais do grupo. Em cada trabalho a presença do ator enquanto criador do processo cênico é marcante, sempre tentando aproximar o público do trabalho e transformá-lo em agente instigador da pesquisa.

A companhia, que em sua filosofia prega o teatro como instrumento de descobertas, pretende estabelecer com seu público uma relação de troca. Ao passo que leva materiais para que ele possa se questionar, a própria companhia se transforma ao receber dele o estímulo necessário para estabelecer esse ritual cênico.

Para a Confraria dos Atores o ator-criador é sempre o principal esteio do trabalho. A companhia vê o ator como “(...) retrato nu do homem, exposto a qualquer transeunte, silhueta elástica (...)” conforme desenhou Tadeusz Kantor no Lê Theâtre de la Mort.

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia e Direção Coletiva
Atuação: Benone Lopes, Emanuel Vitor, Jan Moura,
Karina Figueredo e Talita Figueiredo
Pesquisa Musical e Luminotécnica: Emanuel Vitor
Figurino e Caracterização: Talita Figueiredo
Cenário: Criação Coletiva
Design Gráfico: Jan Moura
Pesquisa Histórica: Benone Lopes
Confecção de Figurinos: Maria das Dores Freitas Leite


Serviço:
O que: Rusga
Quando: Dias 07 e 14/08 - Sede Confraria dos Atores
Dias 28 e 29/08 - SESC Arsenal
Horário: 20h
Entrada Franca
Informações: (65) 8407-1184
confrariadosatores@gmail.com
@ConfraDosAtores

Cia Arte Negus Apresenta: CAQUILHOS DE MUNCHAUSEN




Projeto TEATRO DE LETRINHAS do SESC Arsenal e CIA ARTE NEGUS Orgulhosamente apresentam

Espetáculo CAQUILHOS DE MUNCHAUSEN

SINOPSE:

O Barão de Munchausen reúne pessoas em sua sala a cada 100 anos para contar suas aventuras. A maior parte das pessoas adora ouvi-lo, mas duvidam que as palavras que saem de sua boca sejam verdadeiras. Uma dessas pessoas é sua fiel empregada Russa, que já está cansada de ouvir esse papo de que as aventuras dele sejam verdade. Mas será que tudo o que ele diz é mentira mesmo? Será que não faz bem imaginar um pouco e apimentar cada um suas próprias histórias? Até quando faz bem sonhar? E não sonhar, faz bem?

Toda história tem uma parte mentira, uma parte verdade. Todo contador que parte, deixa saudade.

Quando? Domingo - 08 de agosto do ano cristão de 2010
Onde? - Salão Social do SESC Arsenal
Quanto? - Um litro de leite longa vida!

FICHA TÉCNICA:
Texto e Direção - Cia Arte Negus
Atores/palhaços - Elaine Guarani e Augusto Figliaggi
Iluminador - Umberto Lima
Trilha Sonora e sonoplastia - Estela Ceregatti
Figurino - Milton

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Oficina Experimentando a Máscara no Teatro de Rua com Grupo Mototóti (RS)




A oficina trabalhará a espacialidade, coleividade, improvisação, espontaneidade, a máscara teatral, exercitar o corpo e trabalhar sempre com a perspectiva de colocá-lo neste espaço cênico “rua”.

10 a 12/08 - 08:00 às 12:00
GRATUITA
Local: SESC Arsenal - Rua 13 de junho s/ nº
Informações: 3616-6901

Grupo Mototóti
http://grupomotototi.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cabeça Ativa - Manifesto contra Hierarquização: A redefinição dos novos criadores




Olá meus amigos teatrantes...

Esse mês o Jan Moura estará participando do projeto Cabeça-Ativa. Proposta muito bacana do SESC de levar as nossas terças a noite um pouco de discussão, conversa e troca de informações. Quem não conhece ainda, vale muito a pena. Passaram por lá a Yandra, falando de dramaturgia, Maira, falando de aspectos medievais na obra de Suasssuna, a cia Arte Negus, Elaine e Augusto, falando da figura cômica do palhaço.

A proposta agora é levar um pouco da discussão atual sobre os processos de criação pautados na coletividade: sejam eles colaborativos, coletivos, ou outras formas de criar horizontalmente. Como foram algumas experiências, em especial a experiência da Cia Vertigem, através da pesquisa do Antônio Araújo.

Abaixo mais informações,

então esperamos todos vocês, nas próximas terças-feiras de agosto, às 19h no Banco de Textos do SESC Arsenal, a entrada é franca.


MANIFESTO CONTRA HIERARQUIZAÇÃO: A REDEFINIÇÃO DOS NOVOS CRIADORES
Propostas para provação:

O que teria sobrado das funções de direção, atuação, iluminação, sonorização etc, antes específicas e especializadas e agora diluídas ou revistas nos processos de criação coletivos ou colaborativos? A proposta para este encontro é traçar um apanhado histórico das escolhas estéticas de algumas companhias e coletivos de teatro. A partir das teorias de Bernard Dort, sobre a representação emancipada, articulando com as concepções de Mikhail Bakhtin sobre polifonia, conceitos e experiências sobre processo colaborativo sistematizado por Antônio Araújo e conceitos de Deleuze e Guattari, buscaremos mostrar como essa mudança nas formas de criação forçaram uma revisão dessas funções, fazendo uma leitura sobre essa nova configuração estética e sobre o novo perfil exigido desses agentes numa construção compartilhada e polifônica.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Ensaio Aberto: Rusga






A Confraria dos Atores apresenta seu novo processo de criação. Rusga é um experimento cênico baseado no episódio histórico de mesmo nome, que teve como palco a Cuiabá de 30 de maio de 1834. Ao cair da noite, parte da elite cuiabana, desejosa de poder, promoveu uma matança contra seus inimigos, a elite de ascendência portuguesa, chamada pejorativamente de “bicudos”. Rusga significa briga, ruptura, mas para Cuiabá esta palavra também é sinônimo de uma herança política marcada por manipulações e abusos de autoridade. Uma disputa de poder e riquezas, manifestação extrema de xenofobia sob o pretexto de ideais patrióticos.

Neste trabalho, a companhia procura apresentar imagens e sensações desse dia tenebroso sob a ótica de diversos personagens envolvidos direta ou indiretamente com o evento criando

uma trama rizomática. Os personagens, de forma embaralhada e entrelaçada, mostram-se alterados de forma irreversível pelos acontecimentos que permeiam a Rusga. Utilizando o processo de criação coletiva, esta pesquisa surgiu da inquietação da Confraria dos Atores por uma dramaturgia própria que dialogasse com a história de nossa cidade.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

RUAS ABERTAS - TEATRO DO CONCRETO (DF) E CONFRARIA DOS ATORES (MT)


Veja mais fotos como esta em Movimento de Teatro - Mato Grosso


Fotos: Isa Sousa / Pedro Brites

Uma mulher grita "Eu te amo!" para alguém que deve estar do outro lado da rua.

Um homem tem uma discussão acalorada com uma berinjela.

Várias pessoas abraçam o invisível.

Estas foram algumas das imagens que os cuiabanos tiveram nos dias 21 e 22 nos entornos da Praça Ipiranga em plena hora do rush.

Confraria e Concreto nas ruas.

Confraria dos Atores, amigos e Teatro do Concreto (DF) - Chapada dos Guimarães


Veja mais fotos como esta em Movimento de Teatro - Mato Grosso

Nós, da Confraria dos Atores, com muito orgulho fazemos parte de um movimento que aglutina teatreiros de MT. Essa troca de informações, no entanto, carece ainda de expansão. Os grupos de MT têm pouquíssimo contato com as companhias do restante do centro-oeste.

Por isso, foi com grande alegria que recebemos em nossa cidade o Teatro do Concreto, grupo do Distrito Federal. Todos ficamos numa expectativa grande pois a sinopse do espetáculo nos empolgou. Além disso, a descrição do grupo revelava uma grata surpresa, a de que eles trabalhavam com o processo colaborativo. Parecia tratar-se de um grupo de pesquisa criativo e ousado.

Não nos enganamos. Em dois dias de oficinas, descobrimos o quanto eles são dedicados e entregues à arte. Das oficinas resultaram diversas partituras que foram utilizadas no projeto de intervenção cênica no espaço urbano intitulado Ruas Abertas. A partir do tema Amor e Abandono, Confraria dos Atores e Teatro do Concreto preencheram as ruas de Cuiabá com muito teatro.

Após as intervenções, assistimos a uma leitura dramática de um texto muito impactante de Plínio Marcos, chamado "Inútil canto e inútil pranto pelos anjos caídos". Depois chegou o grande momento de conferir o espetáculo da trupe. Karina, nossa atriz/iluminadora/produtora mostrou mais uma de suas facetas ao assumir o posto de pandeirista no espetáculo, em subsitutição a uma integrante do Concreto que adoeceu.

Plínio Marcos, espaço alternativo, interpretações viscerais e participação de uma confrade na música... Com um combo desses, não tinha como não nos apaixonarmos pelo trabalho!

O grupo promoveu ainda um debate com os grupos da cidade e distribuiu a revista Entrelinhas e Concreto que contém reflexões de 3 processos criativos da cidade de Brasília, bem como as suas dramaturgias.

Fechando com chave de ouro a passagem do Concreto em nossa terrinha, nada melhor do que um passeio pela Chapada. Pelas fotos aí em cima dá pra sentir que a despedida foi linda, né não?

A gente fica aqui na saudade e aproveita pra mandar um beijão e muita merda pra essa galera.

Até a próxima!


Talita Figueiredo

Portão do Inferno

No calor infernal de Mato-Grosso, não há nada melhor do que um dia de descanso em Chapada dos Guimarães.


Confrades, Concreto e amigos posando pra fotos na beira do precipício.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Samba Concreto

Karina, Janari, Pitanga, Zizi e Francis

Silêncio no Bexiga
Composição: Geraldo Filme

Silêncio
O sambista está dormindo

Ele foi, mas foi sorrindo

A notícia chegou quando anoiteceu
Escolas , eu peço silêncio de um minuto
O Bexiga está de luto
O Apito de Pato D'água emudeceu
Partiu

Não tem placa de bronze não fica na história

Artista de rua morre sem glória
Depois de tanta alegria que ele nos deu

E assim

Um fato se repete de novo

Sambista de rua , artista do povo

E é mais um que foi sem dizer adeus

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Até breve!

Ontem o Teatro do Concreto foi embora de Cuiabá. A gente fica por aqui na saudade e no aguardo de futuros encontros.
Em breve, postaremos as fotos dos dias que passamos com essa galera de Brasília. Por hoje, fica uma foto do terraço do Sesc, um dos locais em que a Confraria ensaiou, experimentou, riu, pulou, correu, ensinou e aprendeu com o Teatro do Concreto.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

TEATRO DO CONCRETO



O grupo Teatro do Concreto, de Brasília, apresentará em Cuiabá o espetáculo Diário do Maldito. A peça é resultado de dois anos de pesquisa acerca da vida e da obra do dramaturgo Plínio Marcos.

Além do espetáculo, o grupo apresentará uma leitura dramatizada de outro texto de Plínio Marcos, promoverá um debate com grupos de teatro da região e ainda lançará a revista Teatro do Concreto.

Boa oportunidade pra conferir um trabalho de peso de um grupo que tem como princípio a concepção do teatro como pesquisa coletiva de atores, dramaturgo, cenógrafo e encenador. Conceitualmente isso se traduz no processo colaborativo, que procura estabelecer relações mais horizontais entre os criadores. Outras características do grupo são o exercício constante da improvisação, a utilização de depoimentos pessoais dos criadores e a criação de imagens poéticas.

Todos os eventos acontecerão no Sesc Arsenal e têm entrada gratuita. Confira abaixo a programação.

Leitura dramática: Inútil Canto e Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos
Data: 22/01/2010 (sexta-feira)
Horário: 20h

Espetáculo Diário do Maldito
Data: 23 e 24/01/2010 (sábado e domingo)
Horário: 19h e 21h (sábado) e 20h (domingo)

Teatro de Grupo em Debate
Data: 24/01/2010 (domingo)
Horário: 14h30

Lançamento da Revista do Teatro do Concreto
Data: 24/01/2010 (domingo)
Horário: 14h30