sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Cia Pessoal Lança Site e Oficina de Dramaturgia



Já com 5 anos dessa nova formação a Cia. Pessoal de Teatro, sendo a sua primeira montagem o espetáculo instigador Primeira Pele, que abriu caminhos para a trupe, pesquisa o olhar pessoal do espectador, teorias da cena contemporânea e antropologia, buscando fundir várias correntes e segmentos artísticos. Isso demonstra a maturidade, segurança e qualidade de uma companhia que busca a sua essencialidade artística, mas é aberta a interferências do meio, resultando daí uma vivência criativa importantíssima para qualquer ator, pois nesse mundo globalizado ou você é diferente ou você é só mais um. Destaco daí também a força de trabalho, a originalidade, a garra e o desempenho dessas meninas em desenvolver no estado um mercado cultural maduro e profissional.

“Cada espetáculo é um desafio diferente que nos faz experimentar o que ainda não provamos. O mote central do grupo é a procura do pessoalismo no teatro; a expressão pessoal de um indivíduo ou de uma cultura. A pesquisa de histórias que retratem o caleidoscópio das visões humanas pessoais construiu um repertório com montagens que variam entre tragédias gregas e teatro contemporâneo, trabalhando, na maioria das vezes, com dramaturgia própria, seja em adaptações ou textos inéditos. Procurando sempre a versatilidade, nós já experimentamos diversos espaços cênicos entre jardins, casarões, galpões e palcos. Reunindo profissionais com mais de 15 anos de estudos teatrais, já estivemos sediados em Curitiba, Belo Horizonte e Ouro Preto. Agora estamos trabalhando em Cuiabá, desenvolvendo um trabalho de pesquisa e fomento das artes cênicas” Fonte: (http://ciapessoal.sbol.com.br)

E é com toda essa experiência que a Companhia lança o curso DRAMATURGIA PESSOAL – HISTÓRIA DE VIDA. Uma grande chance de entender um pouco mais o processo criativo da companhia e trabalhar com a construção de textos teatrais. Quem se interessa por essa via das artes cênicas não pode perder essa grande oportunidade de aumentar seus conhecimentos e de usar de sua criatividade para construir obras textuais de qualidade. Inicio: 11/03 (terça-feira) no Misc. Os encontros serão uma vez por semana. As inscrições já estão abertas no local.

Aproveitando a descoberta do Ning, elas construíram um espaço virtual da companhia, um grande ponto de encontro dos amigos, fãs e interessados no trabalho da Cia Pessoal.

Então não deixe de acessar e cadastrar:
www.pessoaldearte.ning.com

Acesse também:
ciapessoal.sbol.com.br

Cia. Pessoal faz parte do Movimento de Teatro

www.movimentodeteatro.ning.com



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Festival de Teatro de Curitiba





Saiu a programação do Festival de Teatro de Curitiba deste ano. A Confraria dos Atores está lá!

É a segunda vez que participamos do festival. Já levamos o espetáculo "Re-trato Boca de Ouro" em 2006 e agora levaremos "Outros Quintanas", espetáculo de rua construído a partir da obra do poeta das coisas simples, Mario Quintana.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

CHEGOU A HORA! ASSEMBLÉIA DA COCCAR!



Chegou a hora.

A Cooperativa de Comunicação Cultura e Arte é uma idealização de vários coletivos que juntos desenharam e planejaram trabalhar mais coletivamente ainda. A cooperativa vem para preencher uma lacuna no trabalho artistico do estado: a legalização das empresas culturais. Mais do que a viabilidade de ter um CNPJ, a COCCAR vai ser um grande fórum de debates e formação políticos-culturais. Ao integrar tantos coletivos assim terá uma grande força representativa e poderá ser uma grande força para cobrar de instituições públicas ações e políticas culturais dignas. Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido. Basicamente o que se procura ao organizar uma Cooperativa é melhorar a situação econômica de determinado grupo de indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo necessidades comuns, que excedam a capacidade de cada indivíduo satisfazer isoladamente.

A Cooperativa é então, um meio para que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos específicos, através de um acordo voluntário para cooperação recíproca. CONVOCAÇÃO –ASSEMBLÉIA COCCAR Convocam se todos os interessados em constituir a Cooperativa de Comunicação Cultura e Arte - para a Assembléia de sua Constituição a realizar se em:

DATA: 16/02/2008 às 14h
LOCAL: MISC – Museu da Imagem e do Som - Cuiabá
ENDEREÇO: Rua Voluntários da Pátria, nº 75 – Centro.

Com os seguintes assuntos: 1. Análise, discussão e aprovação estatuto social; 2. Eleição do Conselho Administrativo, do Conselho Fiscal e das Gerências Segmentais. 3. Assuntos gerais.

ESPALHEM A BOA NOVA!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Aonde se chega pelo viés da Cultura?

* Assinam o presente texto: Ricardo Guilherme Dicke, Wander Antunes, Mário Cezar Silva Leite, Juliano Moreno, Paulo Sésar Pimentel, Lorenzo Falcão e Gabriel de Mattos.


Por conta da eminente troca de comando na pasta da cultura o momento é ideal para uma avaliação das ações governamentais voltadas para a literatura. E o foco principal deve ser a Literamérica, a iniciativa que mais visibilidade alcançou em relação à arte das letras. Lembremos, portanto, os títulos de algumas matérias de 2005, veiculadas nos meios de comunicação mato-grossenses naquela época: Literamérica vem alimentar fome de leitura. Literamérica vem para marcar e ficar. Literamérica vai movimentar o mercado editorial em Mato Grosso.

Ao reler tais reportagens tomamos contato com os propósitos da feira, sendo que um dos principais era “incentivar a produção e o consumo literário regional. Este foi registrado como um dos grandes objetivos da Literamérica 2005 – Feira Sul-Americana do Livro de Mato Grosso”.

A se julgar pelo entusiasmo da gestão pública cultural, as melhores expectativas parecem ter se cumprido, porque, já na solenidade de lançamento da segunda edição do evento, no ano seguinte, o secretário estadual de cultura, João Carlos Vicente Ferreira, comemorava: "Com o sucesso e o abraço de tantos países e órgãos à Literamérica é que comprovamos até onde se pode chegar pelo viés da Cultura".

Até onde se pode chegar pelo viés da Cultura? Longe, sem dúvida. E pelo bom caminho, esse que nos transforma e nos possibilita fazer melhores escolhas pessoais e coletivas. Mas se chegar implica, obviamente, em caminhar, a pergunta é: quanto caminhamos com a Literamérica? Há um antes e depois para a cadeia do livro após suas duas primeiras edições?

A avaliação é que, infelizmente, a Literamérica não interferiu significativamente em qualquer medida nos rumos da cadeia do livro em Mato Grosso. A expectativa era de que houvesse realmente uma mudança. A Feira do Livro Sul-americano de Mato Grosso, Literamérica, deveria apresentar resultados. Aquecer de fato o mercado editorial. Isso quer dizer que a proposta inicial era a de uma série de empenhos, eventos, programas, iniciativas, movimentação e discussões em torno da cadeia produtiva do livro em Mato Grosso ao longo do ano, culminando com a Feira. A Literamérica seria (deveria ser) a coroação e o resultado dos empenhos, propostas, políticas, verbas, etc. Deveria ser resultado! Um grupo de produtores (entenda-se aqui todos os envolvidos no processo de produção do livro) fortalecidos, com propostas pensadas e amadurecidas, com clareza de seus encaminhamentos futuros, recebendo a América do Sul para, também com clareza e amadurecimento, ao promover o tão desejado intercâmbio. Era para ser, inclusive, uma feira, cujo foco central, idealizado, era o fortalecimento e o desenvolvimento (em todos os níveis) da produção livreira em Mato Grosso.

Mas isso não aconteceu de fato e a Feira parece ter se subordinado a outros interesses. Nada foi feito no plano coletivo (como propostas e encaminhamentos). Todos os contatos e intercâmbios aconteceram no plano pessoal e individual. E é muito simples identificar o porquê: abandonou-se a proposta inicial e partiu-se para a Feira como começo, meio e fim em si mesma. Essa política e organização resultou que nem no mercado interno, de maneira articulada e pelo menos razoável, conseguiu-se colocar e garantir a presença da produção mato-grossense.

O que dizer então do mercado brasileiro e Latino-americano? A Feira funcionou muito mais como um palanque governamental, ‘vendendo’ Mato Grosso e apenas atendendo propósitos políticos imediatistas. Definitivamente, para a cadeia do livro não há um antes e um depois da Literamérica. Em algum outro aspecto talvez. Neste não.

Parece-nos, e queremos crer que sim, que a bienalidade da Literamérica pode mudar esse quadro e retomar, de algum modo, a proposta inicial (ou suas possíveis variações). Daí talvez possamos vislumbrar o desejado, e sempre adiado, antes e depois. De todo modo, caso a primeira edição dessa nova Literamérica venha a acontecer de maneira que esteja estrategicamente linkada aos empenhos, eventos, programas, iniciativas, movimentação e discussões que a justifiquem, e a façam acontecer de forma pensada e impactante para a literatura regional. Dessa forma, realmente, passaremos não só a entender, mas a descobrir e experimentar até onde se pode chegar pelo viés da Cultura.

Para além do palanque - A edição e circulação de obras literárias, essenciais para a formação de novos leitores, estão entre as ações transformadoras que nos trazem o viés da Cultura. Ao receber a imprensa para apontar as realizações de 2007 em sua pasta, o secretário de cultura passou ao largo desse tema.

Destacou ações de tombamento e recuperação de patrimônios históricos. Para 2008 anunciou a entrega de novas ‘recuperações’. Uma pena para autores, editores, livreiros e leitores que a SEC não tenha colocado nenhum tijolinho no ‘prédio da literatura’, porque a verdade pura e simples é que o único empreendimento capaz de formar leitores é a edição e a circulação de boas obras literárias. Esse é o marco zero. Ainda não inventaram nada melhor para aproximar leitores e autores. Outras ações, logicamente, também contribuem bastante.

Uma boa demonstração de apreço pela literatura mato-grossense seria a SEC abraçar, formal e oficialmente, a luta pelo cumprimento da lei que exige a presença de obras regionais em nossas escolas. Luta, aliás, que ela nunca abraçou. Mas, para nossa sorte tudo muda. Sempre muda. E com toda razão. Esperamos não sejam mudanças lampedusianas, de mentirinha, que não trazem nada de novo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mais dois dias...


Por Talita Figueiredo
Foto:
Flickr Renato Reis


O Grito Rock acabou e já deixou saudade. No terceiro dia fomos conferir a pista de dança do Hip Hop. Muita animação, todo mundo se acabando de tanto dançar. O Dj até dedicou uma música à “galera do teatro”.

No palco do rock, domingo foi dia de curtir o bom som instrumental do Macaco Bong. Já estávamos exaustos, mas resolvemos resistir mais um pouquinho e ficamos até o final. Levamos umas cadeiras pra cima e vimos sentadinhos, num clima relax e descontraído, as duas últimas bandas da noite. Valeu a pena. Nos divertimos pra caramba com a performance de Mário Olímpio no show do Macaco e nos surpreendemos com o rock caipira da banda Charme Chulo.
Na segunda-feira tivemos uma recepção muito boa do público às nossas performances. O texto cru de Rubem Fonseca tem muito da atitude rock’n roll, com sua temática do cotidiano urbano, corrupto e violento, com toques de ironia e melancolia.

Foi o último dia de apresentação e assim que saímos do palco demos um rápido depoimento à galera do Fórum de Mídias Independentes que estava fazendo a cobertura do evento. A comunicação, aliás, foi um dos pontos fortes do Grito Rock. Além do registro em vídeo, tivemos nossa participação registrada em fotografias e houve até entrevista ao vivo pro rádio.

Depois de tanto trabalho, finalmente o Carnaval acabou. Mas isso não significa descanso. Já estamos prontos pra encarar novos compromissos, apresentações, ensaios, viagens, reuniões, etc... 2008 promete dar muito trabalho (ainda bem!) O Grito Rock foi uma experiência nova e desafiadora que ajudou-nos a começar o ano com muita atitude e suor. E que venham mais carnavais como este!

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Dois Dias...

Por Benone Lopes
Foto: Flickr Renato Reis

Dois dias de Grito Rock e muitas palavras. Muitas. Então vamos selecionar as mais importantes pra ter a certeza de não esquecer todo mundo.

Em primeiro lugar: a diversidade cultural. É extasiante entrar no Clube Feminino em pleno carnaval e encontrar uma mistura digna de nota. O rock sempre presente, nas roupas, nas fotografias, nos rostos, nas muitas atitudes e, claro, no som, palco principal. Mais alguns passos e uma escada semi-iluminada nos leva ao Cine Cubo, uma pequena sala projetando as idéias que permeiam o áudio-visual brasileiro. No segundo dia o Hip Hop se arma: um som pesado, a ginga do break, graffiti, outros rostos, outras roupas, mas ainda muita atitude. Pode parecer uma separação, diferenciação, mas essas diferenças compartilham o mesmo espaço, é a harmonia da diversidade, que permite tanta arte em um mesmo conjunto.

E nós? O teatro? A Confraria concorda com uma palavra para definir as nossas apresentações no Grito, até agora: Desafio. Apresentar teatro no palco onde o que rege é a lei dos músicos não é nada fácil. A máquina das bandas ainda está a todo vapor, o público está quente, ávido por rock’n roll, e nós da Confraria chegamos com Rubem Fonseca. Acredito que o único atrito foi esse: o choque da estranheza. Até perguntaram pra nós “de que banda a gente era”. Rs. Outro problema foi o som do primeiro dia, na correria não deu pra passar o som e como aquele palco tem outro tempo de trabalho, acho que não nos demos muito bem. No primeiro dia. Já no segundo creio que a estranheza do público passou e com ela os problemas técnicos. Teve gente que foi pra frente do palco, e até teve atriz que recebeu pedido de casamento. Rs. Foi tudo bem. Agora estamos na expectativa do terceiro e do quarto dia.

O teatro já colocou seus pés no palco e não pretende ficar só nesse primeiro carnaval. Vamos embarcar nesse trem da diversidade outros amantes das artes cênicas e tenho certeza de que vou escrever sobre outros rostos, outros figurinos, outras máscaras e de um pano que se abre em pleno Grito Rock.

(Abrindo um parêntese aqui: Linha, a Confraria dos Atores agradece de novo o cd presenteado ontem. Eu e a Talita curtimos muito o toque regional. E recomendamos os versos do “Pensamento Próprio” a sexta faixa do cd. Creio que as oito músicas refletem bem a responsabilidade do seu trabalho. Parabéns!)