segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Inferno


Em suave andadura de sonho, sob uma infinita série de arco-íris celestiais, anjos me conduziam num palanquim dourado, entre um curioso povo de profetas e virgens, que formavam alas para me ver passar. Mas eu me debruçava inquieto a uma e outra janela: faltava-me alguma coisa. Faltava... Faltavam os meus desafetos. Eu só queria era ver a cara deles, a cara que eles fariam quando me vissem passar, tirado por anjos, num palanquim de ouro!

Mario Quintana

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