terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Espaços

Mas na verdade, a partir do século XVII, tudo acontece como se o palco italiano fosse tido como uma espécie de realização plena, uma fórmula sem dúvida suscetível de melhorias técnicas, mas perfeita quanto ao princípio e, como que inerente à própria natureza do teatro. Lembrar que o teatro à italiana é, de toda a evidência, um fenômeno histórico equivale implicitamente a constatar que ele é relativo e revogável. Pág. 81

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.


Confraria teatrando no Largo da Ordem, centro histórico de Curitiba.


Diversas questões permeiam a escolha por um espaço de apresentação alternativo: a questão ideológica, quando o grupo decide democratizar a arte levando-a para o povo onde quer que ele esteja; a questão estética, quando se reconhece que o tradicional teatro italiano não se adequa às exigências de um determinado espetáculo; a questão financeira, quando se descobre as dificuldades de reserva e locação dos teatros tradicionais, etc.

Ônibus, praça, quadra esportiva, piscina, apartamento, galpão... qualquer lugar é lugar pra se fazer teatro.

2 comentários:

Unknown disse...

Passando para registrar nossa visita ao blog de vocês, que por sinal é ótimo...

Ah, Em março vai ter estréia de um projeto nosso (aquele dos jogos de improviso) estão mais do que convidados a participar.

GRande abraço!

Augusto

Benone Lopes disse...

Lembrando que teatrar em espaço alternativo não significa necessariamente que estamos abandonando de vez o palco. Na verdade as vezes penso que um dos ganhadores do movimento do espaço alternativo é o próprio palco! pois dá em nós uma vontade de ver um "teatrão" BEM FEITO, e sacraliza ainda mais o espaço que para nós e sagrado.