segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

GRITO ROCK TEM TEATRO!



No Grito Rock a Confraria dos Atores invadirá os espaços de shows para, do meio do público, inserir o que há de melhor na obra de Rubem Fonseca. Serão 07 interferências, dividas durante os 04 dias do festival. No meio do público, Secreções, Excreções e Desatinos mostrará toda a sua força expressiva, a qualquer momento, assaltando a atenção do público que espera para ouvir o melhor da música.


GRITO ROCK
01, 02, 03 04 - CLUBE FEMININO

Mais informações:
www.espacocubo.blogger.com.br

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A CONFRARIA NO GRITO!



A Confraria dos Atores foi convidada para integrar a super programação do Grito Rock - o maior festival integrado da América Latina, aqui promovido pelos nossos amigos do Espaço Cubo. O festival acontecerá nas noites de 01 a 04 de fevereiro no Clube Feminino. Nós vamos fazer intervenções nos intervalos dos shows, cada dia com dois contos de Rubem Fonseca. Então.. . a gente se vê por lá.

Saiba mais sobre o evento no site do Espaço Cubo:

http://www.espacocubo.blogger.com.br/

Sobre o Espetáculo:

Secreções, Excreções e Desatinos é um espetáculo que tem como objetivo levar ao público as várias maneiras com as quais Rubem Fonseca trata determinados assuntos. Por isso a escolha de pequenos contos.

A Confraria dos Atores pretende dilacerar Rubem Fonseca e expor a maneira ora engraçada, ora trágica que ele escreve, abordando de maneira crua e urbana o cotidiano. E ainda levar a platéia a entrar na mente dessas personagens solitárias, apaixonadas, vingativas, violentas e frustradas que povoam o universo complexo e envolvente desse autor. A abordagem rasgada do comportamento ambíguo e perturbador do ser humano, presente nas tramas de Rubem Fonseca, vêm ao encontro do trabalho que a Confraria dos Atores pesquisa e desenvolve, contribuindo para o processo de criação do nosso teatro.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

CONVOCADA PRÉ-ASSEMBLÉIA DA COCCAR


O sonho da cooperativa está cada vez mais próximo. A Cooperativa de Comunicação Cultura e Arte é uma idealização de vários coletivos que juntos desenharam e planejaram trabalhar mais coletivamente ainda. A cooperativa vem para preencher uma lacuna no trabalho artistico do estado: a legalização das empresas culturais. Mais do que a viabilidade de ter um CNPJ, a COCCAR vai ser um grande fórum de debates e formação políticos-culturais. Ao integrar tantos coletivos assim terá uma grande força representativa e poderá ser uma grande força para cobrar de instituições públicas ações e políticas culturais dignas.

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de um empreendimento de propriedade coletiva e democraticamente gerido. Basicamente o que se procura ao organizar uma Cooperativa é melhorar a situação econômica de determinado grupo de indivíduos, solucionando problemas ou satisfazendo necessidades comuns, que excedam a capacidade de cada indivíduo satisfazer isoladamente. A Cooperativa é então, um meio para que um determinado grupo de indivíduos atinja objetivos específicos, através de um acordo voluntário para cooperação recíproca.
(entenda mais sobre cooperativas em: Cooperativas)


Como nosso estatuto ainda está sendo analisado na OCB (organização responsável pelas cooperativas) e não podemos esperar que a burocracia do nosso sistema impeça ou atrase nosso projeto, foi marcada uma pré-assembléia para a constituição da cooperativa, para que possamos a ser verdadeiramente um grande coletivo, com suas diferenças metodológicas mais com um único objetivo: cultura.

Então, todos a pré-assembléia.

Dia: 26/01/08 (sábado)

Horário: 17h

Local: MISC - Museu da Imagem e do Som

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 75 – Centro

Dúvidas? (65) 8407-1184

O DESCASO PELA ARTE



por Almandrade em Cultura e Mercado

(...)

A arte, burocraticamente falando, é mais uma imagem carente de sentido que divulga um certo prestígio social e econômico, e menos um meio de conhecimento indispensável para o homem contemplar o mundo. Se a obra de arte é expressão de uma sociedade, testemunho de um tempo, de um estágio de conhecimento, renunciar à sua inteligibilidade é renunciar à História.

A política, por sua vez, apropriou-se da cultura e fez dela um verniz para animar ou dar um polimento ao discurso político. A arte perdeu sua inocência, ela agora é objeto do mercado, do Estado e de outras instituições que desconhecem seus mecanismos de produção e sua História. Se os partidos políticos que falam de cultura em seus programas de campanha querem fazer alguma coisa pela cultura, não deveriam fazer coisa alguma, mas, sim, devolver aos intelectuais, aos artistas, a quem trabalha diretamente com a cultura, o poder de decisão e o comando do processo cultural. É preciso devolver à arte seu território perdido.

Quem atualmente exerce o poder sobre o destino dos bens culturais, trabalha, direta ou indiretamente para o mercado, ou é burocrata de carreira que pouco entende das linguagens artísticas e suas leituras. Acabam desprezando os seus valores à serviço do senso comum. Muitas instituições que lidam com a arte, sem recursos econômicos e sem um corpo técnico ligado à área, perderam a importância e a autonomia, quando não são agências de eventos irregulares sem um projeto definido. A mídia dominou a cultura e o artista deixou de lado a indagação da linguagem da arte, abandonou a solidão do atelier, para se tornar um personagem público do teatro social. E a proliferação de um produto designado como arte e do discurso estético, sem a arte, pode significar o desaparecimento da própria arte.

Almandrade é artista plástico, arquiteto, mestre em desenho urbano, poeta e professor de teoria da arte das oficinas de arte do Museu de Arte Moderna da Bahia

Leia na Integra em:
http://www.culturaemercado.com.br/setor.php?setor=3

domingo, 20 de janeiro de 2008

Misc oferece cursos em áreas diversas




A Academia de Artes da Associação dos Amigos do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (Amisc) está oferecendo uma série de cursos e oficinas nas áreas de artes cênicas, música, artes plásticas e dança. A entidade, criada para promover aprendizado técnico e conceitual, começa com 13 cursos e já anuncia uma ampliação da oferta para o segundo semestre deste ano. O objetivo é preparar profissionais para atuarem num mercado em franca expansão e carente de pessoal especializado. As atividades ocorrerão dentro do próprio Misc.

A artista plástica Tuka Calgaro, que está à frente da Academia junto com a diretora de teatro Maira Jeannyse e o músico Raul Fortes, explica que tudo começou com a idéia do curso "As relações entre ação dramática e comunicação corporal" que já começou abrindo a série. A princípio, diz ela, seria apenas esse, mas decidiu-se pela ampliação, aproveitando o espaço e a disponibilidade de associados que se dispuseram a participar.

Estão sendo oferecidos ainda os cursos de Interpretação para Iniciantes, História do Teatro, História da Arte, Desenho Gestual da Figura Humana, Desenho de Observação, Percussão e Bateria, Canto e Técnica Vocal, Cavaquinho, Sax, Guitarra, Musicalização, Violão, Canto Coral, Dança do Ventre, Dança do Salão, Dança de Rua, Capoeira, Literatura e Fotografia.

As aulas serão conduzidas por profissionais já bem conhecidos no Estado. Além dos três já citados, fazem parte do time Marcelo Velasco, André Vilani, José Luiz Medeiros, Juliano Moreno, Aline Fauth e Valmir Mozala, entre outros.

Outra boa notícia é que os planos são de promover esses cursos regularmente e ampliar a oferta já neste segundo semestre, com os de Literatura e Fotografia. Futuramente, as áreas do audiovisual e das artes cênicas deverão ser contempladas com cursos de capacitação para produção cultural, adianta a artista plástica. Tuka aproveita para convidar profissionais, tanto das áreas já citadas como de quaisquer outras do fazer artístico, para participarem. Basta, salienta ela, que levem um projeto para análise da Academia. O objetivo é oferecer um leque cada vez maior de possibilidades, diz.

Serviço - O valor dos cursos é de R$ 60,00 e o das oficinas é de R$ 50,00. Mais informações pelos telefones 3025-4109 e 3023-1794.


quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Divulgadas as Bandas da Primeira Prévia - Grito Rock Cuiabá



Uma das novidades do Grito Rock Cuiabá nesse ano de 2008 é a realização de prévias classificatórias com bandas novas. Nos moldes das Prévias do Calango, as Prévias do Grito visam dar a jovens músicos a oportunidade de intercâmbio e demonstração do trabalho ao lado de grandes nomes da cena independente nacional. Confira abaixo a programação completa da primeira Prévia, a ser realizada sábado agora no MISC – Museu da Imagem e Som de Cuiabá.


Vênus de Milo

Lufuordi

Apostasia

Amork

Menorah

Heróis de Brinquedo

Kiko Padovani e Catado

Nithil


Informamos também que já tem uma pá de bandas inscritas para a segunda prévia, que será realizada também no MISC, no sábado seguinte, dia 26 de janeiro. Já temos 11 bandas inscritas, e mais inscrições ainda devem ser feitas. Você que tem banda e quer tocar no Grito Rock, não perca a oportunidade. Pra se inscrever basta enviar um email para gritorockcuiaba@gmail.com com o nome da banda, nome dos integrantes, telefone e email para contato. Você que é público e curte rock, não deixe de aparecer sábado lá no MISC. A entrada é só 3 reais.

(Fonte: Espaço Cubo)

Mauro Savi apóia indicação de Toco Palma para cultura

Secom/MT

O líder do governo, da Assemblíeia Legislativa, o deputado Mauro Savi (PR) confirmou agora pouco ao site Olhar Direto, o apoio à indicação de Toco Palma para a Secretaria Estadual de Cultura (SEC), no lugar do atual secretário João Carlos Vicente Ferreira.

Segundo fontes do gabinete do deputado, ele já teria conversado com o governador Blairo Maggi pedindo o apoio ao seu pleito político. Por telefone, Savi disse que acredita no potencial de Toco Palma, que é advogado e atualmente ocupa o cargo de secretário adjunto da SEC.

"Como gestor da área de cultura, ele (Palma) já deu inequívoca demonstração de sua capacidade e, mais do que ninguém, sabe dos problemas da pasta e é respeitado pelos representantes do setor", avalia Savi.

Na manhã de hoje, o jornalista Ramon Monteagudo, que tinha o apoio da bancada do PP, informou ao deputado José Riva que não tem interesse em ocupar o cargo de João Carlos. O PP, segundo fontes próximas a Riva, também pode apoiar Toco Palma.

Toco também conta com o apoio do Fórum Permanente de Cultura, que o incluiu na lista tríplice que será encaminhada ao governador. Também figuram na lista os produtores culturais Paulo Traven e Kelson Zancaro. Por fora, o historiador Paulo Pitaluga também articula sua indicação.

(Fonte: Olhar Direto)

O PERFORMER ESSENCIAL


















Por Denise Stoklos

Para o ator de ficção seus instrumentos básicos serão o texto, o contexto da peça, época em que acontece, relações entre os personagens. Para o performer essencial, seu instrumento é o espaço e como ele se desloca ali.

No teatro essencial não há personagens. Há "persona", há "in-corporamento" das opções do próprio performer, à vista do público, na atualidade de sua performance.

O gesto do performer corresponde a que ênfase deseja imprimir para distanciar-se do convite primordial dos corpos que é descansar na inércia, cair ao solo, juntar-se com a terra, parar.

Nenhum gesto significará nada em si mesmo. A leitura será sobre a atitude do ator em relação a suas decisões sobre onde colocar seu corpo fora da força gravitacional que exige o não-gesto, a não-ação.

Uma expressão que simbolize convencionalmente um signo não é um fim para o performer essencial, pois na sua cena seu material é como ele realiza a expressão e não a evocação em si dela.

Quanta energia ele impõe a seu corpo, que partes de seu corpo são requisitadas para a execução daquele movimento: isso será sua mensagem.

O performer essencial será sempre político. Não importa a ele nada que na finalidade não signifique possibilidade de convite a questionamento, reflexão, ação e transformação.

Tudo que ele traga à cena será para a elaboração de uma opção. Ele será indignado, pois todos os temas escolhidos lhe sugerem algo imperfeito. Algo que lhe requisita participação. E no palco ele está para apresentar sua questão de ordem.

A estratégia aqui do performer é não ter estratégia. Diferente do ficcionista que segue uma linha pré-desenhada, ele foge de uma linha pré-desenhada, ele busca o tônus da cena no seu ego, no seu âmago. Melhor dizendo seu próprio tônus é a cena.


O performer essencial pode ter como texto uma lista telefônica. Sua recitação de nomes, endereços e números conterá a musicalidade de suas intenções que uma coreografia pode indicar. Da mesma forma, o performer essencial pode trilhar uma coreografia qualquer dizendo um texto em que sua presença esteja focada, aplicada, ocupada.

(...)

http://denisestoklos.uol.com.br/

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Festival de Cenas Curtas Abre Inscrições




Até o dia 14 de março, o Galpão Cine Horto abre as inscrições para o processo seletivo do Festival de Cenas Curtas, evento que acontecerá de 19 a 29 de junho de 2008.

Nesta edição, além das cenas escolhidas pelo voto do público, será criada uma comissão que poderá eleger, ainda, mais uma cena para compor a temporada das Mais Votadas. Essa mudança visa valorizar alguns trabalhos que não obtêm o voto do público, mas que têm grande qualidade e merecem ganhar visibilidade.
Após as apresentações no Galpão Cine Horto, as cenas selecionadas ganharão uma temporada extra em Ipatinga/MG.
Assim como nas edições anteriores, o IX Festival de Cenas Curtas será aberto a artistas profissionais e amadores. Os interessados em participar devem apresentar, junto à Secretaria do Galpão Cine Horto, sinopse do texto; proposta de montagem especificando a linha de trabalho a ser adotada; descrição de cenografia; mapa de luz, ficha técnica e tempo aproximado da cena, entre outras informações.
Serão selecionadas 16 cenas, com duração máxima de 15 minutos cada, a serem apresentadas no Galpão Cine Horto e 02 cenas de rua para apresentações em praças de Belo Horizonte. A seleção das cenas será feita por uma comissão formada por integrantes do Grupo Galpão e convidados. Será concedido um auxílio-montagem, para cada cena, no valor de R$ 500,00.
O Festival de Cenas Curtas tem patrocínio da Usiminas, da Cemig e do Governo de Minas Gerais, por meio das Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura. O resultado da seleção vai ocorrer no dia 28 de março.
Para mais informações, acesse http://www.galpaocinehorto.com.br/

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O VAZIO ASSUSTADOR








'Um corpo destreinado é como instrumento desafinado, em cuja caixa de ressonância há uma barulheira confusa e dissonante de ruídos inúteis, impedindo a audição da verdadeira melodia. Quando o instrumento do ator, seu corpo, é afinado pelos exercícios, desaparecem as tensões e os hábitos desnecessários. Ele fica pronto para abrir-se às ilimitadas possibilidades do vazio. Mas há um preço a pagar: diante desse vazio desconhecido surge, naturalmente, o medo. Até mesmo um ator de larga experiência, sempre vai retomar seu trabalho, quando se vê na borda do tapete sente esse medo de voltar - medo do vazio dentro de si mesmo e do vazio dentro do espaço. (...) Sentar-se imóvel ou ficar quieto já requer muita coragem. A maioria das manifestações exageradas ou desnecessárias provêm do pavor de não estarmos realmente presentes se não avisarmos o tempo todo, de qualquer jeito, que de fato existimos. (...) É importante que todos os atores reconheçam e identifiquem tais obstáculos, que neste caso são naturais e legítimos. (...) Quando atua bem, não é porque elaborou previamente uma composição mental, mas porque criou um vazio livre de pânico dentro de si.'

Peter Brook - A Porta Aberta

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Plano Nacional de Cultura - Caderno de Diretrizes




Vamos ficar atentos as transformações que estão ocorrendo no pensamento do governo sobre cultura. Apesar dos problemas e equivocos do governo Lula, nunca se pensou tanto em cultura como nessa administração. Posturas foram revistas, pensamentos refeitos. Um exemplo claro dessa nova fase é esse caderno de diretrises que servirá de suporte para a construção de um Plano Nacional de Cultura, o que os estudiosos chamam de PAC da cultura, fazendo referência ao Projeto de Aceleração do Crescimento, lançado pelo governo. A partir desses pensamentos, que foram construidos coletivamente a partir dos Fóruns de Cultura, dos encontros, dos seminários, a gente se pergunta o que foi feito do nosso Caderno de Diretrises, escrito no Encontro da Diversidade, o que nosso governo fez? Vá saber...


Entenda a Plano:


Proporcionar a capacitação e a profissionalização dos trabalhadores culturais como política estratégica para as linguagens e experiências e a experiência estética é uma dos diagnósticos e desafios apresentados sobre “linguagens artísticas”. As diretrizes estão distribuídas ainda em “manifestações culturais”, “identidades e redes socioculturais”, “políticas gerais” e “políticas intersetoriais”.

O fomento à gestão pública e participativa é necessário para ampliar as capacidades de planejamento da gestão política de cultura no Brasil. “A cultura ainda carece de um marco regulatório que oriente a divisão das responsabilidades de execução das políticas públicas do setor atribuídas às instituições públicas federais, estaduais e municipais”, diz no caderno.

O desafio é imensurável. Mas, conforme alguns números divulgados pelo IBGE, mais de 75% dos municípios não possuem centros culturais multiuso, e os índices de carência de museus, teatros e salas de cinema no país superam essa proporção. Somente 5,1% das cidades contam com fundos próprios de cultura e apenas 5,6% dispõem de legislação específica de incentivo. Contudo, quase 58% dos municípios executam políticas culturais, com as quais as prefeituras gastam, em média, cerca de 1% de suas receitas.

A limitação de orçamentos públicos destinados ao setor e a necessidade de superação completa do ciclo de investimentos baseados em um sistema de renúncia fiscal guiado pelas decisões exclusivas dos agentes privados também entram na pauta.

O Plano Nacional de Cultura deve transformar esse regime, substituindo-o por “uma parceria em que as três esferas de governo contribuam para o direcionamento eqüitativo do apoio financeiro”. A finalidade dessa estratégia deve ser a cobertura ampla das especificidades dos perfis demográficos e geográficos e a sustentabilidade e efetividade de suas práticas culturais.

(Fonte: Cultura e Mercado)


Trechos do Caderno de Diretrizes:


"A cultura é constitutiva da ação humana: seu fundamento simbólico está sempre presente em qualquer prática social. Entretanto, no decorrer da história, processos colonialistas, imperialistas e expansionistas geraram concentrações de poder econômico e político produzindo variadas dinâmicas de subordinação e exclusão cultural. Na atualidade, como reação a esse processo de homogeneização cultural induzida em âmbito local e mundial, surgem iniciativas voltadas para a proteção, valorização e afirmação da diversidade cultural da humanidade. Tal perspectiva pressupõe maior responsabilidade do Estado na valorização do patrimônio material e imaterial de cada nação. Por essa ótica, a fruição e a produção de diferentes linguagens artísticas consolidadas e de múltiplas identidades e expressões culturais, que nunca foram objeto de ação pública no Brasil, afirmam-se como direitos de cidadania.

Nesse contexto, reconhece-se hoje a existência de uma economia da cultura que, melhor

regulada e incentivada, pode ser vista como um vetor de desenvolvimento essencial para a

inclusão social através da geração de ocupação e renda."

"O Plano Nacional de Cultura engloba as linguagens artísticas consolidadas e as múltiplas identidades e expressões culturais até então desconsideradas pela ação pública. Mas, para que a gestão pública ultrapasse o alcance tradicional e restritivo das belas-artes e dos produtos da indústria cultural, o projeto trabalha com alguns valores e conceitos na elaboração das políticas.

Entre eles, está o entendimento de que “a cultura é constitutiva da ação humana”, ou seja, o fundamento cultural está sempre presente, em qualquer prática social; o dinamismo das expressões, na dialética entre a tradição e a inovação; as relações ambientais indissociáveis; o reconhecimento do Estado como fomentador não omisso e regulador não autoritário em um projeto de desenvolvimento de um país; a responsabilidade do MinC e a co-responsabilidade das diferentes instâncias do poder público e da sociedade civil."


Leia o Caderno:

http://www.cultura.gov.br/site/?p=9356

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

De que jornalismo cultural precisamos?



De que jornalismo cultural precisamos? O que vemos sempre quando abrimos nossos jornais, ou mais atualmente os sites de notícias, é um mundaréu de "agendas culturais". Os famosos "Cadernos B" de Cuiabá muitas vezes não passam de murais, cada um querendo pendurar seu cartazinho, disputando ali com receitas de bolo, horóscopo, dia a dia de famosos ou resumos de novelas. Os jornalistas "culturais" frequentemente tem que dividir seu tempo entre a cultura e o policial. Onde está a formação? A especialização? Onde está o papel crítico do jornalismo?
Bem.. para aprofundar nesse debate, encontrei um texto muito interessante sobre o assunto, que posto uma parte aqui, mas leiam na integra no site CULTURA E MERCADO.

JORNALISMO CULTURAL COMO EXERCÍCIO CRÍTICO
Por Célia Mota


Quando se fala em Jornalismo Cultural me vem à mente uma frasede Roland Barthes: “a crítica não é uma homenagem à verdade do passado e nem à verdade do outro, mas simplesmente uma construção inteligível do nosso tempo”. Isto porque a questão fundamental do chamado Jornalismo Cultural é a do exercício crítico por excelência. Uma sociedade sem crítica é uma sociedade morta e, ao abrir mão desse exercício, os jornalistas se tornam apenas porta-vozes da indústria cultural e seus sub-produtos.

Por que falar de crítica a jornalistas culturais? Porque a eles cabe decidir sobre dois procedimentos: o do julgamento do valor qualitativo de um produto ou bem cultural ou o do julgamento do valor de mercado. Sempre é bom lembrar que vivemos em tempos pós-modernos, onde se constata o abandono dos programas ordenadores, legitimadores, atribuidores de valores estéticos e culturais. Expandem-se os sistemas técnicos incontroláveis, o império dos efeitos visuais sobre a narrativa. Com isso, troca-se o sujeito emancipador (dotado de razão, de senso estético e transformador) pelo sujeito falsamente emancipado pelas novas tecnologias.

Não queremos considerar aqui como jornalismo culturalas notinhas de shows, as agendas sobre os espetáculos diáriosoferecidos à população em nossas cidades, osreleases de filmes, de peças de teatro ou de exposições,que tomam conta dos nossos chamados Cadernos B. O jornalismo cultural, no meu entender, coloca em debate idéias, sem deixarde lado a crítica aos espetáculos ou aos produtos dearte, que são uma forma de refletir sobre o mundo em que vivemos.

Um ponto de partida para o exercício crítico,ou do criticismo, nos leva à seguinte questão: é a crítica uma forma de explicação ou um pretexto para uma interpretação? No primeiro caso, busca-setornar explícito ou explicitar em detalhes uma determinada obra cultural. Como a origem latina de “explicar” sugere, é expor, revelar. Ou seja, mostrar para o leitor o que ele não vê num primeiro olhar. Pode ser a análise de um romance,de um filme, um CD de rock ou um show musical. Um livro não fala de si mesmo. Um CD se revela pelo conjunto das músicas escolhidas pelo autor. Então, o que cabe ao jornalista cultural é a tarefa de debruçar especialmente sobre o que a obra não diz. Seus silêncios, seu interdiscurso, ou seja, a que outros textos, músicas, filmes, a obra remete?

Leia na integra em:
http://www.culturaemercado.com.br/culturaepensamento/?p=15

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Um Novo Ano - Uma Nova Forma



Este ano começa com um novo pensamento: a organização. Por diversas vezes esbarramos em dificuldades, em mediocridades, em mesquinharias, em estrelismos. No cenário teatral cuiabano e mato-grossense o que sempre se via eram companhias isoladas, trabalhando a sua arte de maneira sacrificada pela falta de apoio, incentivo e, o que é pior, falta de companheirismo de outras companhias. Elas não se comunicavam, não trocavam, não debatiam, não se conheciam.

Esse cenário começa a mudar. O final de 2007 foi marcado pela mudança de posturas, pela consciência da necessidade da articulação, da organização, do fazer junto. Teatreiros de toda a cidade, sejam eles com vários anos de caminhada, sejam aqueles que estão começando agora, sejam aqueles que usam de sua arte a fonte de renda de seu sustento, sejam aqueles que usam a arte para aprender, distrair e se formar, todos unidos para formalização de um alicerce sustentável e profissional de teatro do estado.

Esse novo ano experimentará uma nova forma de fazer teatro. Um fazer compartilhado, unido, coeso e principalmente forte. Pois a máxima já batida é válida e existe mesmo: a união faz a força. O curto-circuito já começa a ser um fato concreto. O Curto-Circuito é um projeto que foi construído coletivamente, cada companhia, cada produtor independente, cada célula do movimento contribuindo e pensando. E esse projeto não será o único, virão seminários, intercâmbios, oficinas, debates, bares, comunhão.

E como atingir as outras cidades, como se relacionar com a distância? E é para sanar um pouco essa dificuldade que a Internet entra no jogo.O www.movimentodeteatro.ning.com deverá ser um ponto de encontro, um caminho, uma forma de conseguirmos interagir, por isso cada pessoa que hoje está no movimento deverá ser um propagador. Divulgue o Movimento, conte, espalhe... Queremos ver esse espaço cheio de discussões calorosas, de trocas, de notícias de cada companhia, divulgue o seu trabalho, poste fotos, vídeos, faça o grupo da sua companhia... enfim vamos tomar conta do espaço.

Desejo então, e tenho certeza da sua realização, que 2008 seja o ano do teatro em Mato Grosso. Felicidades a todos. E vamos trabalhar.