Estamos vivendo um momento impar para o teatro cuiabano, as companhias crescendo, se desenvolvendo economicamente, e agora damos um novo passo, decisivo na busca por mudanças: a organização. A cada segunda-feira, mais grupos vão unindo ao movimento, desde companhias de longa estrada, até as que estão começando agora. Dessa forma a gente está trocando experiências, discutindo assuntos importantes, formando opiniões. Politizando a classe. Somente através da união de forças é que vamos conseguir ter voz num lugar onde quem tem voz, são apenas os amiguinhos, dos amiguinhos dos políticos.
Chega! Não quero mais ter que fazer politicagem, esquemas e lobbys para conseguir que meu projeto seja aprovado. Eu não quero ter que ficar puxando saco de secretário nenhum, para ter espaço. Eu quero apenas o que me pertence por direito. O povo tem direito ao acesso facilitado as manifestações artísticos-culturais, se tem direito, se tá na lei, porque eu tenho que ficar brigando e tentanto convencer secretário que esse é o seu papel?
Por que nós temos que brigar para conseguir espaço no Cine-Teatro? Aliás porque ainda não brigamos para que esse espaço seja realmente inaugurado? Cadê os recursos? O que foi feito? Já faz muito tempo que se está reformando... quando termina uma reforma, ela se deteriora e se refaz tudo de novo. Coloca-se mármore, se retira o mármore... faz uma coisa, refaz. O que é isso? Estamos falando de dinheiro público e não de brincadeira de castelinho de areia.
Por que não temos acesso facilitado para conversar com o secretário?
Agora vamos realizar um grande projeto. Projeto esse, que vem para ocupar e fazer o papel do governo. Vamos levar arte para os bairros, vamos fazer com que pessoas que nunca tiveram contato com o teatro, possam ver de graça, gostar e quem sabe até serem as futuras ocupantes desse espaço. Vamos ocupar espaços alternativos, popularizar a arte, criar platéia, criar uma rede de contatos, criar.. criar... criar o que já se devia estar criado.
E o nosso curso técnico? E nosso curso superior? Será que já não está na hora de o governo pensar na profissionalização de seus agentes? Temos demanda para isso. Temos urgência em capacitação. Só não estamos mais ilhados aqui por que corremos atrás. Fazemos acontecer. Mas como estaria o estado hoje, se o governo cumprisse com seus deveres?
Vamos debater! Vamos construir nossa carta aberta. 2008 está chegando? E o que será que a secretária está pensando, o que será esse ano?
Jan Moura - Confraria dos Atores
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